Augusto Deodato Guerreiro
PENSAMENTOS: CRONOLOGIA I
EDLARS - Educomunicação e Vida
Almada/Portugal, Dezembro de 2017
Augusto Deodato Guerreiro
PENSAMENTOS: CRONOLOGIA I
EDLARS - Educomunicação e Vida
Almada/Portugal, Dezembro de 2017
Ficha Técnica:
Título:
Pensamentos: Cronologia I
Autor:
Augusto Deodato Guerreiro
Revisão
Gráfica: Maria de Lurdes Ribeiro Fernandes Guerreiro
Editor:
Augusto Deodato Guerreiro/EDLARS - Educomunicação e Vida
Suporte:
Eletrónico
Formato:
PDF
WebMaster: Ruben
Deodato Fernandes Guerreiro
ISBN:
978-972-95206-9-3
1ª
Edição Revista e Aumentada: Dezembro de 2017
Todos
os direitos desta edição estão reservados por Augusto Deodato Guerreiro/EDLARS
- Educomunicação e Vida
E-mail:
deodato.guerreiro@gmail.com
Blog:
deodatoguerreiro.blogspot.pt
PRÓLOGO
Os nossos pensamentos, maus ou bons, sucumbem connosco se
não os partilharmos. E há sempre inovação ou criatividade no que se expressa e
partilha refletida e abertamente. Uma série de pensamentos pode gerar um livro
de pensamentos... Cada pensamento pode originar um livro...
Para além de algumas coisas mais que tenho vindo a
partilhar na vida, sinto que também me posso certificar do que penso e escrevo,
lançando ao vento pensamentos através dos diferentes veículos graficofonéticos
e ciberespaciais que os espalham no mundo, fazendo-o como uma simples e humilde
forma de me expor nessa partilha, fundamentando as minhas ideias e convicções.
O "Dia Mundial dos Pobres", instituído hoje pelo
Papa Francisco, é um reforço espiritual para nos mantermos vigilantes e
sóbrios, com autenticidade e atentos uns aos outros, orando uns pelos outros e
por todos, acautelando e multiplicando os talentos, ou os dons que Deus nos
confiou, para rentabilizarmos ao serviço de todos em cada dia.
Os pensamentos que às vezes me ocorrem, e que tomo a
liberdade de escrever e partilhar, são constatações ou conclusões momentâneas,
mas fundamentadas nas experiências e observações que faço ou que vêm ao meu
encontro, ditadas pela espontaneidade das minhas circunstâncias contextuais de
possíveis rendimentos solidários e na partilha em cidadania e equidade social.
São marcas que vou colocando na via da reconciliação, na
forma de cores vivas que sinto, que me iluminam, e que procuro seguir no
Caminho, na Verdade e na Vida (o Itinerário do Altíssimo Jesus Cristo) que Deus
Pai Todo Poderoso (na Santíssima Trindade Pai-Filho-Espírito Santo) nos abriu a
todos.
E sinto que não estou só nos meus pensamentos e na partilha
dos mesmos. Não deixo que a solidão tome conta de mim.
Santa
Teresa de Calcutá (1910-1997) sustentara que "A solidão e a sensação de
não se ser são as mais terríveis das pobrezas". Não estou só. Temos que ir
dando à vida algo de nós, que julguemos ser precioso, fazendo-o com gratidão,
até porque, em sintonia com Cícero (106-43 a.C.), "nenhum dever é mais
importante do que a gratidão",
e recebemos da vida sempre em dobro. Quanto mais dermos mais recebemos.
Dizia Séneca (3 a.C.-65 d.C.) que "Pobre não é quem tem pouco,
mas quem deseja muito". Sou muito feliz comigo, com o que tenho e com o
que vou conseguindo partilhar, e seguindo o enunciado por Santo Agostinho (354-430), tentando unidade no essencial,
liberdade no duvidoso e caridade em tudo o que nos é presente e que somos.
Só somos pobres, tristemente pobres, quando não temos nada
dentro de nós que mereça ser partilhado com cada um e com todos. Ou mesmo,
tendo algo partilhável, não avançamos um passo para essa partilha.
Leiam os meus pensamentos, os que se seguem, e tenham a
paciência de partilhar comigo as vossas impressões sobre os mesmos, de modo a
que a gratificante tranquilidade que me possam transmitir também possa
endurecer o que penso e as convicções que sustento.
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 19 de
Novembro de 2017).
Pensamentos: Cronologia I
1. «Para
que a efemeridade e o desalento não surpreendam, deve renunciar-se ao mais
antes que o menos esteja consolidado.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: Janeiro de
2005).
2. «Os
egoísmos denunciam: supremacia estulta ou ausência de generosidade; audácia
fútil ou solidariedade fruste; fragilidade ou perversidade no culto e defesa
dos grandes valores humanos; inconsistentes capacidade crítica e resoluta
determinação na interactividade e sociocomunicabilidade perante as reais e
impositivas evidências e potencialidades dos outros.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: Junho de
2005).
3.
«Preciso de tranquilidade para organizar o pensamento e, simultaneamente, do
tempo certo para o sistematizar e substancializar.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: Dezembro de
2005).
4.
«Sonhar é querer, imaginar, descobrir, fazer, revolucionar, viver, ganhar,
partilhar, vencer.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: Janeiro de
2006).
5. «A
permissibilidade e a autoridade têm de andar de mãos dadas para que a
solidariedade e a partilha se sobreponham aos egoísmos, a desejável e justa
intercompreensão aconteça e a vida seja o produto feliz dos grandes valores
humanos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 15 de Março
de 2006).
6. «O
horizonte intelectual e sociocognitivo promotor de desenvolvimento e progresso
cultiva-se, sustenta-se e defende-se com o arsenal humano que hábil e
eticamente se treina e se conquista.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 26 de Março
de 2006).
7. «A
saúde do desenvolvimento global depende da solidez das essências e da
proficuidade das particularidades que o promovem.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 25 de
Maio de 2006).
8. «Humildade
e inteligência, argúcia e oportunidade, persistência e sensibilidade, coragem e
generosidade, cultura e competência, solidariedade e partilha, são virtudes que
dão à emoção e à tolerância mais poder e mais força.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 8 de
Julho de 2006).
9. «A
vida deve ser vivida todos os dias de forma solidária e em partilha, com
intensidade e perspectiva.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Outubro de 2006).
10. «As
memórias imperecíveis dos tempos estão na intergeracionalidade e nos nobres
lugares dos signos que elucidam o sentido do mundo. Os nobres lugares dos
signos, para além da enorme variedade e natureza monumental, são os livros e os
mais diversos veículos escritos de ciência, arte, cultura e da mais plural
informação, seja qual for o formato e o suporte em que conseguirem viajar e
sobreviver, perpetuando conhecimento e saber, fundamentando de modo inexaurível
desenvolvimento e progresso, edificando, engrandecendo e consolidando a
humanidade como suprema e inigualável dignidade que se conquista. E cada um de
nós pode ser um livro que não podemos deixar que, sem publicação e sem registo,
se feche definitivamente no hermetismo intransponível da morte.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 2 de
Novembro de 2006).
11.
«Jesus é o Caminho para Deus Pai Todo Poderoso e Vida Eterna! Cada um de nós
também tem de ser, por necessidade e obrigação em consciência, um caminho
esclarecido e esclarecedor inexpugnavelmente apelativo de todos os caminhos
perspectivantes, estruturantes e conducentes ao Caminho para a Salvação da
humanidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de
Novembro de 2006).
12. «É
gratificante, reconfortante e revitalizante o facto de elevarmos alguém que
quer, mas não tem forma de protagonismo nem de assunção, ao cimo das atenções
dos outros.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de
Novembro de 2006).
13. «Não
é fácil sorrir perante a ascensão de alguém que sobe por nós e nos menospreza
ou nos mima em ignomínia.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de
Novembro de 2006).
14. «Para
suportarmos o mundo complexo e surpreendente, ínvio e controverso que somos,
temos de imaginar uma imaginação sustentável que nos devolva a alegria, a paz e
a vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 27 de
Dezembro de 2006).
15.
«Somos fracos, inúteis e infelizes quando ansiamos ou alcançamos resultados por
processos imediatistas e fáceis. Pelo contrário, somos fortes, úteis e felizes
quando, para atingir objectivos promotores do desenvolvimento humano e do
progresso, escolhemos e seguimos o caminho da vida, da alegria e da paz, com
suavidade na forma e fortaleza nos princípios da nossa integridade, sem nos
deixarmos invadir por perversidades que ponham em causa a nossa dignidade e
bem-estar cristãos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 30 de
Dezembro de 2006).
16.
«Comunicar é interagir e intercompreender na partilha de experiências,
comportamentos e acções, de conhecimentos e saberes, na permuta de uma qualquer
informação ou simplesmente na troca simbólica de cortesias e das mais diversas
manifestações.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 7 de
Janeiro de 2007).
17.
«Comunicar, num sentido mais lato, é partilhar uma mesma ou mais experiências
de vida (ou apenas qualquer informação, mesmo de índole simbólica, de cortesia
e por intermédio das mais diversas manifestações) por pessoas que se reconhecem
(ou não) como detentoras de uma identidade comum (ou não), bem assim numa
dimensão multicultural ou intercultural/pluriétnica, multissensorial ou nas
diferenças, independentemente de condicionantes sociocomunicacionais impostas
ou decorrentes das variadíssimas circunstâncias e estratégias humanas ou de
especificidades de natureza sensorial, sociocognitiva (e patologias neurogénicas
da comunicação), intelectual, psíquica, neuromotora e outras.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 7 de
Janeiro de 2007).
18. «As
memórias felizes fortalecem os elãs da afectividade, da vida e a proficuidade
dos tempos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 8 de
Fevereiro de 2007).
19. «A
mulher é o refúgio, o acolhimento e o reconforto; por vezes, o dilema
inebriante na fúria e no perdão perante uma inesperada traição, o sonho de um
homem que adora os vulcões da líbido e das emoções, da descoberta e do amor; a
paixão e a serenidade; a retemperança e a revitalização; o desafio e o alento,
a ternura e a esperança; a solenidade na sabedoria vivificante e dignificante
de uma relação, da nidificação, da família, da sociedade e da partilha na vida
humana.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 8 de
Março de 2007).
20.
«Quanto mais majestoso e complexo é o mistério, mais difícil se torna ao homem
inteligi-lo e explicitá-lo, razão por que os insondáveis desígnios da
omnipotência, omnisciência e omnipresença de Deus nem sempre se compreendem e
se explicam: sentem-se... e só encontram sustentabilidade na Fé!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 25 de
Março de 2007).
21.
«Existo, sinto, olho e perscruto, penso... Valho o que valer o meu empenho e
desempenho, como a minha provocação para a mudança; mas também valho, sem o meu
assentimento, o que os outros entenderem.»
(Augusto Deodato Guerreiro, imediações da
Biblioteca Municipal "Orlando Ribeiro"/Lisboa: 18 de Abril de 2007).
22.
«Viver é sorrir os tempos das coisas com os Amigos que ajudam a sublimar a
nossa existência feliz.»
(Augusto Deodato Guerreiro, imediações da
Biblioteca Municipal "Orlando Ribeiro"/Lisboa: 19 de Abril de 2007).
23.
«Sempre que o mar procuro e dele me aproximo, sinto que a sua telúrica presença
é refúgio intensificador de bem-estar e estímulo do bom humor... Provocante nas
suas revoltas ou matreiras ondas, de renovação e esperança, de enigmáticas
autoridade e tolerância, de misteriosas emoção e solidariedade, prenhes de
surpresa, de confusa e suscitante inovação cognitiva... Vagas de imaginação e
vida...»
(Augusto Deodato Guerreiro, paredão da Costa da
Caparica/Almada: 21 de Abril de 2007).
24. «A
vida ganha renovado e inovador sentido de desenvolvimento e felicidade, mas
desde que sejamos capazes de sorrir às intempéries e incompreensões humanas
(ultrapassando-as com bom humor e pedagogia) e de viajar construindo, com
espírito de descoberta e êxito no fascínio dos efeitos dos desafios do mundo
multidiferente e pluricultural na interculturalidade...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Universidade
Complutense de Madrid: 11 de Maio de 2007).
25. «O
sucesso é efémero, o valor é permanente e eterno.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 15 de Julho
de 2007).
26. «A
nossa visibilidade, audibilidade e sensorialidade no que somos e observamos
estão, no seu conjunto, nas nossas facetas sensíveis, verbais, paraverbais e
nos mais diversos processos e manifestações comunicacionais: na voz ou nos
gestos em que se espelha a alma dos quereres, alegrias, loucuras, fascínios e
tristezas... na escrita e nos outros veículos de comunicação e cultura, que nos
perpetuam, e em que se grafa, pinta, arquitecta, monumentaliza e reflecte a
nossa marca, razão, emoções e acções...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 23 de Julho
de 2007).
27. «A
grandeza humana está na humildade e gratuidade, na generosidade e simplicidade
do ser e no fazer acontecer, mesmo silenciosamente mordendo emoções nos seus
diferentes graus de dureza e complexidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 8 de
Agosto de 2007).
28. «O
pensamento conceptual/subjectivo/real/a-real constrói-se numa longa e atenta
viagem, na vida com perspectiva, investindo na partilha, crescimento e
multiplicação do conhecimento, transformada num rio profundo e caudaloso,
fecundo e evolutivo de cognição nas policromias da diversidade, que nasce no
sincrético, passa pela organização do caos sociocomunicacional e de interacção,
pela assimilação de saberes por treino, aprendizagem, mera comunicação em
convívio social, teorização e puro raciocínio, pelo prático e teórico,
teórico/empírico... científico e tecnológico, até à sistemática aquisição e
domínio de uma cultura geral sólida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Universidade do
Minho/Braga: 7 de Setembro de 2007).
29. «A
nossa solidez cognitiva e de intercompreensão, bem como a beleza interior, não
pode confundir-se com o por vezes mau estado da película que nos suporta a
imagem, cuja visibilidade nunca corresponde ao que efectivamente significamos e
somos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Fundação Calouste
Gulbenkian/Lisboa: 4 de Outubro de 2007).
30. «Não
mereço tamanho reconhecimento. Mas estou feliz pela generosa distinção, como
"profissional do ano", que me é conferida pelo Rotary Clube
Lisboa-Estrela. Acato-a num espírito e contexto frutífero de
companheirismo, promotor de mais desenvolvimento e humanização da vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Rotary Clube
Lisboa-Estrela, no Clube dos Empresários, na Avenida da República/Lisboa: 22 de
Outubro de 2007).
31. «A biblioteca,
desde que biblioinclusiva, com o máximo de hiperligações, abrangendo o
sistema neural de informação/infocomunicação multimédia e com as suas colecções
de fontes de informação (constituídas por documentos fixos e permanentes,
fluidos e transientes) disseminadas por uma inumerabilidade de
locais sem fronteiras e acessíveis a todos os cidadãos, é (como o museu, o
arquivo histórico e outros equipamentos culturais em idênticas circunstâncias,
numa cidade acessível) o instrumento sociocomunicacional e
sociocognitivo, científico e tecnológico, pedagógico e cultural, de
sensibilização e esclarecimento da sociedade em geral, mais profícuo na
acessibilidade e usabilidade para o fomento da natural inclusão sócio-intelectual.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Moita: 8 de
Dezembro de 2007).
32. «Cada
um de nós vale o que vale o seu método, empenho e desempenho, vale o que valem
as suas estratégias e objectivos para sorrir à vida e para que a vida lhe
sorria. A vida é um difícil, complexo e incomensurável megapuzzle que leva
tempo e tolerância a montar, que impõe permanentes ajustes, invenção e/ou
redimensionamento de peças, e que nunca se considera concluído. No entanto, se
edificarmos e integrarmos uma sociedade inclusiva, que reconheça, respeite e
valorize a diversidade humana, se tivermos, sentirmos e cultivarmos essa
sociedade no coração e na razão, sorriremos à vida e a vida sorrir-nos-á!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 29 de
Maio de 2008).
33. «O
substantivo inclusão e os derivados qualificativos da sua significação,
quando invocados de viva voz em público por quem, felizmente, não tem nenhuma
desvantagem ou incapacidade física, sensorial ou de qualquer outra índole, são
por vezes apenas chorrilhos verbais calculistas de circunstância.
Integram o parece bem, que só fica bem nas palavras, porque, na essência real e
na prática, essa pérfida e paradoxal realidade até perturba e afugenta os
falsos propaladores de responsabilidades sociais directas e redu-los a ignóbeis
e sórdidos oportunistas mentirosos. As palavras não são prova efectiva do que
dizem, mas simulacro da pretensão crua e vil do que desejam alcançar através do
uso abusivo de expressividade e vocábulos inócuos, por conveniência própria, ao
abrigo do epíteto politicamente correcto.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Moinho de
Vento-Atalaia/Proença-a-Nova: 18 de Outubro de 2008).
34.
«Brinco com a diferença, que me caracteriza, rotula e marginaliza, para
amenizar e diluir nela os injustos e estigmatizantes efeitos do uso que dela
fazem os que dela necessitam e me humilham por dela se servirem e até
sobreviverem, subtilmente escondendo o oportunístico disfarce.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Moinho de
Vento-Atalaia/Proença-a-Nova: 18 de Outubro de 2008).
35. «O
somatório prolongado de infortúnios e insucessos, injustos e sentidos como tal,
pode arruinar-nos o bom humor, o gosto e a alegria de viver...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Autocarro
Corroios-Feijó/Almada: 21 de Outubro de 2008).
36. «A
vida é uma surpreendente e generosa utopia para que o mundo permaneça em
constante e fecunda evolução impulsionado por ela, na diversidade humana em
todas as vertentes comunicacionais e do conhecimento, na equidade educativa e
profissional e de atenções afins, na igualdade de circunstâncias, oportunidades
e qualidade de vida para todos os cidadãos.»
(Augusto Deodato Guerreiro - em homenagem ao
Dr. Assis Milton, o grande homem, o grande tiflólogo, o grande filantropo, o
grande Amigo -, Auditório do INR, I.P./Lisboa: 30 de Outubro de 2008).
37. «Que
as sinergias sociocomunicacionais e interactivas para a justiça e paz, para a
harmonia e tolerância, para a prudência e alegria, para a generosidade e
competência, para a solidariedade e partilha, persistam indómitas no empenho do
fazer acontecer, do amor e da esperança na universalização da equidade e
dignificação dos grandes valores humanos para a instauração sublime da
intercompreensão no estabelecimento de consensos, na investigação e
desenvolvimento, no progresso e bem-estar sociais no mundo, assim se
encontrando a significação e legitimação do sentido da vida na proficuidade e
futuro dos tempos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 22 de
Dezembro de 2008).
38. «Não
há presente nem futuro construtivos para quem não cultiva o interesse e a
compreensão do passado.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 7 de
Fevereiro de 2009).
39. «De
quem está do outro lado, que me vê e me ignora, que interage no silêncio comigo
(estrondosamente aos olhos dos outros), não me interessa o seu forjado
horizonte autopromocional para a própria ascensão, mas as circunstâncias de que
se serve, provoca ou deixa que produzam injustos e nefastos efeitos na minha
imagem perante o desconhecimento e a incompreensão dos outros. O oportunismo
tem a perna curta, mas é preciso identificá-lo, cercá-lo e imobilizá-lo a
tempo, e redimensioná-lo no interesse do desenvolvimento global da humanidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 7 de
Fevereiro de 2009).
40. «Inclusão
é uma doutrina/filosofia ou postulado sociocomunicacional, sociocognitivo e
cultural, que se anseia e tem de se cultivar essencialmente de olhar e
empenho pedagógico universalizante e socializante sobre todo o ser humano
(no seu relacionar-se e interagir), promovendo, sem reservas, a
aceitação mútua, domínio e generalização do conhecimento das diferenças
próprias de cada pessoa com problemas e o saber interagir com elas
(sejam essas diferenças de natureza social, étnica e cultural, ou resultantes
de características físicas, sensoriais, cognitivas, motoras, psíquicas,
intelectuais e outras), numa perspectiva que vise o natural bem-estar da
pessoa com problemas na sua participação na família e na escola, na
sociedade e na vida em geral, sendo compensada, consoante as suas necessidades,
com os adequados apoios educativos e formativos, ajustados imperativos
institucionais estes que também a têm de acompanhar no desempenho da sua
actividade profissional e no viver com qualidade de vida, sendo esta a forma de
vencer em si mesma e na consciência dos outros os efeitos
infundados e negativos da tipologia das suas dificuldades ou incapacidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 3 de Abril
de 2009).
41. «O
sistema signográfico composto de grafemas tácteis (com as dimensões preferíveis
de cada um de 0,43mm de altura e entre 1mm e 1,52mm de diâmetro na base)
dispostos e ordenados numa sequência lógica de 64 sinais simples (agrupados em
sete séries), designado por Sistema Braille, constitui o universalmente
adoptado instrumento literácito e intelectossocial polivalente para a
representação graficofonética de todos os domínios do conhecimento, como o
flume fecundo e imensurável de sonhos e do desenvolvimento sensoriocognitivo,
autonómico e de independência, da sociocomunicabilidade e interacção, da
legitimação do sentido e qualidade de vida das pessoas cegas no mundo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 2 de Maio
de 2009).
42. «A tifloperceptibilidade
é a capacidade/competência sensoriocognitiva, sensório-intelectual,
neuromotora/perceptivomotora e sociocognitiva da pessoa cega, consubstanciada
na funcionalidade e operacionalidade do conjunto das suas modalidades
sensoriais e competências sociais, alicerçado em experiência acumulada,
devidamente estimulado e desenvolvido, ao mesmo tempo integrante
de um amplo e experienciado desenvolvimento sociocognitivo e
interactivo/relacional. Isto traduz-se no desenvolvimento biopsicossocial e
humano e da suplência multissensorial, perceptibilidade avançada de todos os
sistemas sensoriais que restam, com excepcional vantagem para a mobilidade e
orientação, autonomia e independência, sociocomunicabilidade e interacção,
empregabilidade, autoconceito e autoconfiança, auto-imagem e auto-estima,
inclusão e qualidade de vida da pessoa cega.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 18 de Maio
de 2009).
43. «A
capacidade para comunicar e interagir é a faculdade humana essencial que
nos permite ampliar, exercitar e aplicar a inteligência, investigar, descobrir
e inventar, desenvolver e promover, instaurar e inovar intercompreensão,
cidadania, inclusão e qualidade de vida para todas as pessoas, no mundo que
todos ajudamos a edificar e que somos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 14 de Junho
de 2009).
44. «Há
cores no pensamento impossíveis de definir no léxico verbal, mas que se sentem
sem palavras, inexplicavelmente fantásticas no léxico da mente, fantasticamente
belas e arrebatadoras para paraísos de sonho e de imaginação sem medida! São as
cores, infinitas e persistentes, doces e acres e que exalam perfumes estelares
que se espumam no azul do céu a deslizar sorrisos no sol a beijar o mar... São
as cores das emoções adormecidas e acordadas, vivas e latentes, ausentes e
remanescentes num vaivém de tantas memórias... São as cores das memórias que
passam, que ficam, que integram e consolidam os futuros. São as cores
impossíveis de dizer e de definir... as cores indeléveis do sensível, das
brumas das memórias e dos tempos!...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Saint-Prix/France:
17 de Julho de 2009).
45. «Leio
muitos autores que têm escrito e escrevem sobre a problemática sensorial que me
caracteriza e que (pensam esses autores) me condiciona irremediavelmente nas
minhas potencialidades e capacidades, no exercício das minhas funções sociais
e, até, de cidadania. Nesse domínio, e sendo "cobaia" de mim mesmo no
aprofundar o conhecimento sobre o "desafio" que constituo e visto,
prefiro calar fantasias e afirmações sem fundamento científico, escutar e
reflectir numa dimensão avançada e comprovada, recordar e organizar memórias
com o objectivo de me esclarecer a mim e aos outros, sistematizar e interagir,
de propósito concentrado em mim próprio, estudar e fazer, continuar a ler-me e
a descobrir-me, a encontrar-me e a investigar-me, a interpretar-me e a
definir-me num léxico inteligível e sem ambiguidades, sem maquilhagens confusas
de eufemísticas pinturas ou inusitados disfarces e erróneas conclusões, para
exorcismar e dissipar dúvidas e não deixar iludir o que efectivamente
é no que apenas parece.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 8 de
Agosto de 2009).
46.
«Temos felicidade sempre que o amor, a esperança, a solidariedade e a partilha,
a harmonia e a tranquilidade, a justiça e a paz... e o bem-estar estejam
presentes na nossa comunidade, por provocação nossa para também poder estar em
nós mesmos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Restaurante Bar
Mar/Praia da Figueirinha: 20 de Agosto de 2009).
47. «Há
aguarelas da natureza tão solenemente humanizadas, primorosas obras de arte,
onde as palavras se inibem de falar e nem parecem ter lugar... São lugares que
nos falam, abraçam e prendem sem palavras.
Esta obra de arte, excelso
oásis vestido de branco e azul, que guarda pequenos vales e planícies, árvores
e paraísos interiores, que se contemplam, e pensamento fecundo, que se impõe,
repleto de sublime encanto e cumplicidade na harmonia da diversidade, que nos
fascina e descansa, onde se respira amor e sabedoria, saúde e desejo, tranquilidade
e esperança, convivialidade e paz! É uma aguarela natural impregnada de arte
paisagística e de generosa sensibilidade onde as palavras não precisam de falar
nem parecem efectivamente ter lugar.
Aqui, extasiados,
maravilhamo-nos com a expressão desta bela policromia aninhada e imponente na
vertente superior de uma discreta colina banhada pelo sol e bafejada pelos
nevoeiros sazonais, albergando já peculiares segredos de flora, fauna e
pecuária...
Paisagem de abundantes
repastos adubados pelos melhores dionisíacos néctares, de fontes de inspiração,
de caminhos e pontes, de essências e sabores, de perfumes e cores, de
chilreares e esvoaçares de ave, de trabalho feliz e lúdico lazer, de sons
aprazíveis dos silêncios e das delícias dos sons da vida, do singular produto
da faculdade de criar novas representações e novas combinações de imagens,
aguarela do bem-estar que nos sorri e infunde qualidade de vida.
Um excelso oásis vestido de
branco e azul; uma aguarela; uma obra de arte; uma paisagem; aquele lugar que
nos fala, abraça e prende, sem palavras; um sonho, entre outros, aqui
reflectido e arquitectado pelo meu mano mais novo, sonho que exprime e floresce
um pedagógico e galvanizante elixir da vida, qual uma estrela/mina inexaurível
de valores e jardim de fértil e profícua imaginação criadora que não pára de
sonhar e de semear ideias, de germinar e florir sonhos e concretizações!»
(Augusto Deodato Guerreiro, "Pérola"
de São Simão de Litém: 23 de Agosto de 2009).
48. «A
audibilidade da pessoa cega, devidamente desenvolvida, aprofundada e treinada,
entrosada no articulado funcionamento e na operacionalidade das restantes
modalidades sensoriais, representa para a pessoa cega os "olhos"
alternativos (ou olhos tiflopercepcionais e da inteligência) que lhe permitem
certificar-se à sua volta e a distância de pormenores, questões, situações, as
mais diversas, com uma capacidade e uma competência de extraordinária precisão
e absorção, consubstanciando e hipervalorizando a tifloperceptibilidade
substancialmente cognitiva e sociocognitiva.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Elvas: 4 de Outubro
de 2009).
49. «São
as manifestações, as atitudes e acções por nós enunciadas ou materializadas,
desde que na promoção do engrandecimento humano, que nos ajudam a dignificar a
nossa comunidade e o mundo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 18 de
Janeiro de 2010).
50. «Que
abraces e conserves sempre em ti a sabedoria como parte suprema da felicidade,
adoptando e equacionando cinco variáveis a ela conducentes:
Calar, Escutar, Recordar,
Estudar e Fazer.»
(Frase para a fita de Curso do meu
sobrinho-afilhado Fábio, viagem Lisboa-Castelo Branco, escrita na Sertã: 28 de
Março de 2010).
51. «Há
sempre um horizonte vital em que, graças a Deus, persisto envolvido e activo,
através do qual devemos procurar orientar a nossa vida e continuar a sonhar,
abraçando e vivendo a vida num abraço de razão e emoção, lógica e sentimento,
saudade e esperança, empenho e criatividade, desempenho e sucesso, inovação e
felicidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 1 de Abril
de 2010).
52. «A
vida é feita do conjunto e permanente ajustamento articulado e redimensionado
de circunstâncias e valores que cada ser humano é.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 15 de
Maio de 2010).
53. «A
Amizade é a semente e a força, o cimento e o elã da fecundidade e lógica da
vida humana... Porém, com desapontamento e desilusão, e até martírio, observo-a
por vezes inexplicavelmente bem evocada e justificada por alguém, na sua
correta conceptualidade mas à sombra de um velado e vil oportunismo, em
proveito próprio do vilipendiador.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 27 de
Julho de 2010).
54. «Para
que a Amizade nunca pereça entre os homens e a história não a esqueça, para que
o rigor humano na solidariedade e na partilha seja sempre um itinerário fecundo
na paisagem interactiva interior de cada um de nós, e que a entrada, um dia, na
"Porta Estreita" seja o Prémio dessa viagem séria, com amor, justiça
e paz, há que preservar a verdadeira Amizade, mimá-la e protegê-la com as
sinergias certas da inteligência e dignidade!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Agosto de 2010).
55. «São
as memórias e as nossas circunstâncias momentâneas que nos fazem ter
pensamentos; são os pensamentos que nos fazem ter ideias; são as ideias que nos
fazem ter inovação e criatividade; é a inovação e a criatividade que nos fazem
investigar e desenvolver, descobrir e produzir ou inventar soluções
alternativas para o bem-estar num futuro global inclusivo; impõe-se-nos, em
conjunto e nesta sequência, promover em nós e nos outros o desenvolvimento
biopsicossocial e biossociocognitivo, educando/educando-nos e
formando/formando-nos, para, com a necessária e generosa dignidade humana,
irmos inventando e conquistando cada vez mais um mundo novo, vivo, livre e são,
onde todos tenhamos lugar, mesmo com as nossas diferenças sensoriais,
cognitivas, neuromotoras ou de outra índole qualquer!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 28 de
Agosto de 2010).
56. «Vou
aliviando as minhas angústias, remetendo importâncias para os escaninhos da
memória.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 27 de
Outubro de 2010).
57.
«Guardo hermética e docemente a monumental imaginação e a profundidade
observacional das subtis realidades invisíveis que, pela sua imensa grandeza,
me perpassam, me fortalecem, me fazem útil e me gratificam sem medida.
Constatações que não me cabem na alma!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 23 de
Fevereiro de 2011).
58.
«Somos as cores e os perfumes, os sons e os efeitos da vida que construímos.
Somos heterogéneos fenómenos sociocomunicacionais e as implícitas memórias de
nós mesmos, que nos vão juntando na edificação de ideias, concretizando sonhos
e eticizando a vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Viagem de comboio
Lisboa-Corroios: 24 de Fevereiro de 2011).
59. «O
Carnaval e as diferentes diversões em folia ajudam-nos a amenizar
momentaneamente as nossas angústias e as grandes preocupações.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Restaurante o
Cantinho/Alte: 6 de Março de 2011).
60.
«Temos de obrigatoriamente persistir na cultura e manutenção de uma desmedida
generosidade para sermos capazes de suportar os mais irreverentes e inesperados
comportamentos humanos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da UNL/Lisboa: 10 de Março de 2011).
61.
«Confiar e ser fiel parece ser, por vezes, uma sublime compleição teórica de
coragem e força humana. Só a dualidade conceptual, berço e hábitos sãos,
promove na consciente educação e formação uma imprescindível prerrogativa
humana séria e firme, feliz e frutífera, não ignorando nem menosprezando
ninguém, nenhuma categoria social, nenhuma sociedade, nenhum tipo de
civilização.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 10 de Março
de 2011).
62. «A
vida física é breve de mais para a saborearmos em pleno, é efémera, finita. A
vida espiritual é intemporal e inespacial, é reconfortantemente presente e
infinita.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Moinho de
Vento-Atalaia/Proença-a-Nova: 20 de Março de 2011).
63. «A
Oração é um encontro íntimo e de profunda convicção com Deus, em que avaliamos
o balancete das contas das nossas acções e atitudes para connosco próprios,
para com as outras pessoas e mesmo instituições, penalizando-nos ou
gratificando-nos conforme o resultado, mas implorando sempre (num grito sentido
e de súplica à infinita Misericórdia de Deus) força, capacidade e competência
para sermos capazes de perdoar e de dar sem medida para o bem e engrandecimento
da humanidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Abril de 2011).
64.
«Neste imensurável mundo humano, de tantas diversidades, somos seres com
identidades imensamente diferentes, interculturais e pluridimensionais,
multiétnicos e cívicos, muito complexos e perplexos, cheios de paixões,
propósitos e juízos, de formas/processos de paz e guerras, de encantos e
desilusões, de amores e ódios, de emoções e apatias, de alegrias, angústias e
tristezas, de certezas e dúvidas... Podemos ser crentes, agnósticos ou ateus,
com fé ou sem ela... Ter fé e acreditar na fé é crer num Caminho, num Encontro
efectivo, numa Mansão de tamanho divino e de acolhimento espiritual sem medida.
O factual e empírico, a realidade tangível e observável por qualquer modalidade
sensorial, como os factos, o abstracto e proposicional, a abstracção da
realidade e os conceitos e proposições a propósito do considerado abstracto e
concreto, a abstracção dos factos e afirmação sobre os mesmos, o que inferimos
na confirmação por verificação experimental ou comparativa para provar,
o que reduzimos à construção de categorias abstractas, à análise e demonstração
formal ou dedutiva para convencer, são, no seu conjunto
filosófico-científico, para provar e convencer, complexidades
densas da razão por que somos crentes indómitos nos desígnios insondáveis do
Deus que nos protege e nos quere. É uma santa certeza que nos inunda sem que
nos incomodemos com a sua cientificidade, mas que igualmente se pode construir
nessa perspectiva cristificante, desde que vivamos a vocação da vida, tenhamos
curiosidade e vontade, empenho e desempenho, honestidade intelectual e espírito
crítico saudável, capacidade e competência para sentir e analisar, compreender
e incorporar essa indubitável Verdade na nossa vida, em todas as dimensões do
nosso percurso individual e colectivo, numa generosa, permanente e fecunda
partilha, alimentados por essa incontestável Mansão divina, Fonte da Vida que
nos alerta, nos incentiva e fortalece, nos orienta e determina, nos recebe e
abraça como filhos biológicos e espirituais profundamente amados,
inspirando-nos esse vivificante e desmedido abraço entre nós.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Convento dos
Cardaes/Lisboa: 7 de Maio de 2011).
65. «Uma
bela representação gráfica de um texto literariamente apelativo para os olhos e
para a mente corresponde igualmente a um belo registo de voz, numa atraente
articulação e envolvente dicção, para os ouvidos e para a mente, para a
inteligência emocional e equilíbrio sociocognitivo e biopsicossocial.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 16 de
Maio de 2011).
66. «O
segredo da felicidade está na liberdade e na verdade, na coragem e no
compromisso humano para, de forma abnegada e natural, encontrarmos a nossa
alegria na alegria dos outros.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 25 de
Junho de 2011).
67. «Para
que a humanidade se ache em dignidade e frutifique em amor neste mundo de
dúvida, de complexidade e perplexidade, só temos que amar e fazer amar! Mas
para que este sentimento dinamizador, ou este sentimento e esta ação
intrinsecados um no outro resultem, temos de alicerçar esta realidade (o amar e
o fazer amar) numa determinação segura e disciplinadora, impulsionadora e
reguladora desta vital convicção ativa e benéfica.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Comboio Fertagus
Lisboa-Corroios: 20 de Setembro de 2011).
68. «Se
despertarmos consciências e activarmos comportamentos em dignidade, seremos
móbeis vitais de felicidade para o desenvolvimento e progresso da humanidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 28 de
Setembro de 2011).
69.
«Andamos por cá muito pouco tempo! No entanto, salvo as precoces e
irreversíveis partidas, é sempre o tempo suficiente para nos podermos
comprometer, com alegria e empenho, contribuição profícua e resultados
práticos, para a tão necessária e vital edificação sólida de mais generosidade
e solidariedade, dignidade e partilha, desenvolvimento humano e progresso no
mundo. Que cada dia, cada mês e cada ano nos valorize e fortaleça a todos nesta
feliz dimensão humana e não nos abandone nas mais indispensáveis
essencialidades que nos permitem existir e viver, eticizando e humanizando mais
a vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Estação de
caminhos-de-ferro de Corroios: 21 de Dezembro de 2011).
70. «A
vida deve ser vivida em homenagem permanente à própria vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Alenquer: 4 de
Março de 2012).
71. «A
grafia e a linda expressividade da natural poesia da vida é o belo design
sígnico-comunicacional da cultura vísuo-multissensorial na alegria de pensar e
dizer, construir e dignificar, maravilhar e viver a vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Faculdade de
Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa: 12 de Abril de 2012).
72. «O
termo "cego" é tecnicamente correto, embora a sonoridade verbal, ao
ouvido, encerre alguma dureza sensório-emocional. O termo "invisual"
é eufemística e semanticamente mais agradável ao ouvido.
a) O
impacto dos dois conceitos na sociedade, em nossa opinião, e de acordo com o
sustentado por linguistas e dicionaristas de relevante saber e poder de
análise, os vocábulos cego e invisual consideram-se sinónimos,
mas com peso idiossincrático e semântico, psíquico e emocional diferente para
as pessoas cegas (que admitem disfarçar e diluir no termo invisual o
impacto social da sua deficiência) e para as pessoas normovisuais (sobretudo
quando se referem ou se dirigem às pessoas cegas, mas em presença destas).
b) Ponderando
os efeitos de recepção pública de um e de outro vocábulo, invisual tem
um sentido eufemístico (por isso mais suave e, aparentemente, mais aceitável) e
utiliza-se, nessa medida, principalmente por pessoas normovisuais,
pressupondo-se que o seu efeito fonético e sensoriocognitivo seja menos agreste
e mais inclusivo para as pessoas cegas, mas havendo também uma minoria de
pessoas cegas que prefere o termo, por se lhes afigurar mais adequado a uma
suposta evolução tiflocultural.
c) Cego é o
termo tecnicamente correto, mas, tendo em conta o curso e impacto paraverbal do
vocábulo, apresenta-se-nos, paradoxalmente, como um termo mais duro, também
mais marginalizante do que invisual, mercê da força da essencialidade
negativista histórico-cultural vivida e registada ao longo dos séculos.
d) Como
pessoa cega, preferimos o vocábulo cego a invisual, cujo
valorativo efeito fonológico e sígnico já incorporámos na nossa filosofia de
linguagem e convicção, no hábito e cultura lexical específica, simultaneamente
num propósito pedagógico perspetivado na suavidade formal e na fortaleza de
princípios teórico/empíricos para a natural intercompreensão do conceito entre
pessoas cegas e normovisuais.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 19 de
Maio de 2012).
73.
«Acreditar transforma-se, em regra, em concretização. Temos de acreditar na
dignidade humana, na seriedade científica e na esperança dos que trabalham para
o sucesso do mundo da vida e do desenvolvimento e bem-estar humano.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 3 de
Julho de 2012).
74. «Tão
depressa me sinto asceta, numa enseada enfurecida no abismo, como me sinto
monólito-paraíso inexpugnável num império colossal de idílios e maravilhas,
como me sinto, por vezes, numa espécie de meio-termo, a alcandorar-me numa mão
a voar na incerteza e na outra a deliciar-me na descoberta e no reencontrar-me
na projecção de futuros.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 8 de
Julho de 2012).
75. «O
mal escondido na grande maioria dos corações humanos pode surpreender-nos nas
mais diversas formas, se a conscientização para a dignidade não tomar a tempo o
seu lugar, desde o berço. Porque temos, numa generalidade, uma natural
tendência para a crueldade e benevolência (por sermos essencialmente maus e
bons), essa natureza cruel só é minimizável ou anulável através da ponderada,
bem refletida e séria celebração estratégica de pactos sociais e políticos,
religiosos, educomunicacionais e culturais, pedagógicos e de sensibilização
pública, para o estabelecimento de entendimentos na ética e humanização da
vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 10 de
Julho de 2012).
76. «E
porque somos efetivamente diferentes, pelo facto de não nos vergarmos à
premência das vicissitudes da imprudência, dos oportunismos e dos egoísmos
(temo-nos esforçado cada vez mais em sobrepor a solidariedade e a partilha aos
egoísmos), procuramos fazer coisas diferentes, dignas e profícuas, de modo a
diluir ou mesmo a anular, na medida do possível, as essencialidades que nos
possam travar no processo da dignificação da vida para todos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Restaurante Chinês,
junto ao Hotel Radisson Blu/Lisboa: 13 de Julho de 2012).
77. «A
desconfiança só é gerada pela incerteza. Não nos podemos deixar trair pelas por
vezes aparentes ilusões cognitivas a que a fruste multissensorialidade ou
desadequada interpretação intuitiva nos conduz. As pessoas cegas têm olhos nos
ouvidos pluridirecionais e sociocognitivos, em íntima articulação com a
desenvolvida suplência multissensorial e exercitada intuição, como as pessoas
surdas têm ouvidos nos olhos igualmente pluridirecionais e perscrutantes,
associados à competência cognitiva e intuitiva.
Os sons, ruídos e silêncios de
toda a ordem, inquestionáveis ou indefinidos, num diálogo sem uma única palavra
pronunciada, podem pressupor ou formar construções significantes intuíveis ou
com precisão nos olhos tiflopercepcionais;
do mesmo modo que a
comunicação interpessoal entre dois ou mais falantes, reforçada ou naturalmente
acompanhada pela gestualização dos olhos e do rosto, das mãos e do corpo, mesmo
que cuidadosa e propositadamente disfarçada, pode deixar transparecer
suposições ou certezas para os ouvidos vísuo-espaciais e inteligentes das
pessoas surdas.
Os olhos cognitivos e da
inteligência das pessoas cegas veem nos ouvidos e nas mãos, nos restantes
sentidos e intelecção.
Os ouvidos cognitivos e da
inteligência das pessoas surdas ouvem nos olhos, nos restantes sentidos e
intelecção.
Os olhos e ouvidos cognitivos
e da inteligência das pessoas surdocegas veem e ouvem nas mãos, nos restantes
sentidos e intelecção.
Desconfiança é incerteza,
insegurança. A interlocução e/ou a intercomunicação vísuo-espacial ou háptica
não podem transportar nem originar dúvidas para as próprias pessoas com essas
incapacidades sensoriais e para as pessoas que lidam com essas problemáticas.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 3 de
Agosto de 2012).
78.
«Sinto e entendo, numa humildade que desejo construtiva e fecunda, que só
poderemos viver felizes em consciência, provocando felicidade à nossa volta,
desde que, sem nenhum tipo de dúvidas nem reservas, nos abandonemos convictos
nos desígnios insondáveis de Deus, na transcendente profundidade e complexidade
do admirável e excelso conceito de Deus, na inquestionável existência e atuação
de Deus, que é o Caminho que não nos deixa perder, e a Vida (o Caminho com as
Veredas e a Vida que nos dá), a Fonte inesgotável da Força espiritual e da
dignidade, da Fé e do dom da vida para a Vida, a Vida Eterna na serenidade e
tranquilidade dos tempos, na essencialidade e não apenas no acessório, num
Tempo que não tem tempo na infinitude dos tempos!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Agosto de 2012).
79. «A
amizade é a naturalidade e a espontaneidade de um nobre e envolvente sentimento
de consideração, admiração e estima que, em reciprocidade, acontece entre as
pessoas.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 25 de
Outubro de 2012).
80.
«Educomunicando, ensinamos e ensinamo-nos a crescer e a dignificar nos grandes
valores humanos e na generosa pedagogia/andragogia para valorizar e entender
mais os outros, numa perspectiva construtivista e positiva, despertando
consciências e activando comportamentos coevolutivos e responsivos,
redimensionando o relacionamento e interacção intercultural e nas diferenças,
transformando mentalidades e melhorando o mundo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 4 de
Novembro de 2012).
81. «O
livro é um certificado escrito da evolução civilizacional, nos contextos do
pensamento filosófico e científico, técnico e artístico, nas áreas da história,
economia, religião, política, cultura, em todos os domínios do conhecimento,
desde a mais remota ancestralidade. É a memória de memórias de todos os tempos
e o nobre lugar dos signos que elucidam o sentido do mundo...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 15 de
Novembro de 2012).
82. «A
comunicação é hoje um imperativo ético e uma urgência política que se impõe,
sobretudo no relacionamento e interação entre pessoas e instituições e na
esfera das relações entre os Estados e as instituições, para a instauração de
consensos e a fundamentação de entendimentos no imensurável mundo da vida e das
diferenças dos diferentes agentes sociais nesse mundo, que o podem tornar
acessível a todos, porque é de todos. Por isso se deve encarar positivamente o
ideal da comunicação como abertura de um espaço caleidoscópio para que, através
do diálogo, empenho e desempenho na socialização e comunicabilidade de todos,
se concebam e implementem especificidades comunicacionais aumentativas e
alternativas e as necessárias condições inclusivas em todas as áreas do
conhecimento, de forma a sentirmo-nos todos confortavelmente envolvidos num
abraço inclusivo desse mundo de diferenças, em que todos nos encontramos e a
que pertencemos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 30 de
Novembro de 2012).
83. «A
minha esposa é inteligente e culta, sensível e empreendedora. No seu belo
instrumento psicobiológico, a voz, reproduz o seu encanto pessoal, nas
palavras, no rosto, no olhar, na paraverbalidade, nos gestos... Linda e doce,
mesmo em todos os sons da sua respiração e dos movimentos que faz.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 1 de
Dezembro de 2012).
84. «O
pensamento sénior é sempre o maior e o que mais fortalece os corações e a
inteligência dos mais novos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, FIL-Expo/Lisboa: 3
de Dezembro de 2012).
85. «A
significação, entendida como a relação associativa entre a materialidade
significante, qualquer que seja a natureza dessa materialidade (palavra, gesto,
imagem, objecto cultural...), e o conceito para que remete, traduz-se na
inteligibilidade humana de tudo o que observamos, de tudo o que somos, de tudo
o que nos rodeia e do mundo global e cosmopolita, em que a solidariedade
obrigatoriamente tem de estar e a participação social activa e a cultura da
partilha têm de imperar, no pleno exercício das nossas faculdades e compreensão
do mundo em que vivemos.
É Natal! Tempo de reflexão e
reconciliação, de intercompreensão e revitalização, como as flores que às vezes
estão baças pela ausência de um olhar que as vivifique, mas que ficam viçosas
quando abraçadas pela chuva do reconforto e da esperança. Não há ninguém que
não goste de flores e que não tenha dentro de si flores!
Todos podemos ser:
Lírios do vale (que aludem à
felicidade e ao bem-estar objectivo por que todos temos de lutar);
Cravinas (simbolizando a
coragem que nunca podemos deixar que nos falte);
Jacintos (como prova da
constância do amor uns pelos outros na vida que tem de ser bela para todos);
Heras (como sentimento de
fidelidade pela promoção e defesa dos grandes valores humanos);
Murtas (significando o
casamento não só matrimonial, mas também no sentido genérico e nobre da verdade
e da dignidade que sempre temos de assumir nos compromissos).
Como "a sabedoria é a
parte suprema da felicidade" (Sócrates, 469/470-399 a.C.), encontramo-nos
todos nesse contexto sublime, embora de formas diferentes.
Como escrevemos em 25/06/2011,
e o que continuamos a sustentar, "o segredo da felicidade está na
liberdade e na verdade, na coragem e no compromisso humano para, de forma
abnegada e natural, encontrarmos a nossa alegria na alegria dos outros",
semeando-a e promovendo-a.
Neste contexto polinomial, a significação
está na representação objectiva de tudo o que conhecemos e compreendemos, tudo
o que somos para nós e para os outros, e de tudo o que, nos outros, representa
para si próprios e para nós mesmos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 19 de
Dezembro de 2012).
86. «O
que se sente, sendo diferente devido à ausência da modalidade sensorial da
visão, numa idade jovem e no fulgor da vida, recuando nos tempos, é duro e
indescritível. Ainda que em matéria de amor nos falem e se nos dirijam com paixão,
querendo-nos aparentemente sem reservas, muita dificuldade temos em acreditar
nos corações que dizem, confirmam e juram... porque esta inferioridade
sensorial habitua-nos à resignação... e a silenciar paixões em túmulos que
vamos criando para a autodefesa, às vezes de frágeis autoconceito e
autoconfiança, autoestima e preservação de alguma imagem do que imensamente
desejaríamos ser, sem dúvidas nossas e dos outros... Questões que, muito
estranha e paradoxalmente, geram e chegam às vezes {a concretizar} uma
irresistível envolvência mútua...!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 2 de
Fevereiro de 2013).
87.
«Retomando um pensamento, em Lisboa, de 30 de Dezembro de 2006, promotor de
justiça e paz, educação e desenvolvimento, integridade, dignidade e alegria:
Somos fracos, inúteis e
infelizes quando ansiamos menos do que em consciência e em capacidade e
competência somos capazes de objetivar e viabilizar, ou quando alcançamos
resultados e fins por processos imediatistas e fáceis. Pelo contrário, somos fortes,
úteis e felizes quando, para atingirmos objetivos promotores do desenvolvimento
humano e do progresso em geral, escolhemos e seguimos o caminho da vida
educacional e comunicacional para o esclarecimento e crescimento identitário,
itinerário alicerçado na justiça e na paz, na competência e na alegria, com
suavidade na forma e fortaleza nos princípios da nossa integridade, sem nos
deixarmos invadir por perversidades que ponham em causa a nossa dignidade e
bem-estar em favor de um mundo preferencialmente mais novo, vivo, livre e são
para a realização das nossas manifestações e concretização das boas práticas e
dos bons exemplos na construção de teorias tão fundamentadas e sólidas quanto
nos seja possível.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Reitoria da Universidade
de Lisboa: 22 de Março de 2013).
88.
«Perturba-me a ausência de tempo no tempo para escrever. Há ideias únicas que
só nos ocorrem uma vez na vida, mas que se perdem nos paraísos do pensamento
por falta de tempo para as acolher, tratar e registar. Servindo-nos de um
neologismo miacoutiano, temos de "abensonhar" a vida, seja na
sublimidade do que nos proporciona seja nas adversidades com que nos molesta. A
vida é um itinerário singularmente surpreendente e fascinante, como legado
divino inviolável e fecundo que nos foi entregue para gerirmos, suportarmos e
vencermos, em cada momento, todo o tipo de intempéries, com tristezas ou
alegrias, vociferando ou sorrindo-lhes. Agradeçamos e reconheçamos muito o
estarmos vivos e o pugnarmos incessantemente por uma vida digna e inclusiva,
onde todos tenhamos lugar sem as obstruções invisíveis que, em geral,
insistimos em esconder e que não hesitamos em exibir numa qualquer
circunstância mais oportunística que nos possa fragilizar e persuadir. Mas
podemos negociar e exercitar dentro de nós mesmos resistências e competências
pessoais e sociais que dão à emoção e à inteligência, à humildade e à
tolerância, à coragem e à generosidade na solidariedade e na partilha, à
sensibilidade e à cultura, à harmonia e à esperança mais poder e mais força
para sermos íntegros e indómitos nas nossas convicções e decisões.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 28 de
Maio de 2013).
89. «As
pessoas cegas só podem ter uma visão perfeita das coisas e da imensurabilidade
universal, da objetividade e subjetividade, da abstração e conceptualidade,
desde que nelas devidamente contextualizadas sob o ponto de vista
sensoriocognitivo e sociocognitivo, inteligindo-as, experienciando-as e
integrando-as, numa bem treinada, desenvolvida e aprofundada suplência
multissensorial, constituindo esta capacidade e competência os seus olhos
tiflopercepcionais e da intelecção, que lhes permitem ter e dominar, com a
desejável precisão, o absorvente olhar analítico e abrangencial, da compreensão
e intercompreensão na transformação de mentalidades e na humanização social.»
(Augusto Deodato Guerreiro, atravessando a
Ponte 25 de Abril no sentido Almada-Lisboa: 22 de Julho de 2013).
90.
«Ouvimos o eco do coração nos corredores da razão, sempre que estivermos
atentos a essa manifestação, quando temos os pesos do bem-estar desequilibrados
na balança essencialmente da inteligência emocional, quando há mais peso num
dos pratos, no do amor ou no do desregramento em consumos por ausência do amor.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 25 de
Julho de 2013).
91. «Há
subtis manifestações humanas que são alertas empurrados pela espontaneidade que
a prudência sugere terem-se em conta. A espontaneidade é a habitual
naturalidade expressiva da razão, da verdade e da liberdade que se escondem
habilmente na eloquência intelectual e espiritual da elegância de um
conselho...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 3 de
Novembro de 2013).
92.
«Todos somos sublimes instrumentos de eloquência promotora de intercompreensão
no bem-estar e no desenvolvimento humano e progresso do mundo global.
Paradoxalmente, também somos, nessa medida, muito carentes de uma constante
afinação na vontade e na esperança, na verdade e na liberdade, na solidariedade
e na partilha, necessitando sempre de reforços pontuais, mesmo dos
institucionalmente calendarizados, para procedermos a essas afinações com o
necessário rigor e a intensidade precisa. Os afinadores são insuficientes para
esses reforços de afinação, porque os instrumentos são imensuravelmente mais e
cada vez mais desafinados, desorquestrados e em anacruse!...
Estamos num desses reforços, a
Quadra Natalícia, que nos perfuma as memórias e embeleza o espírito, nos
reconforta a alma e nos consolida nas lutas pela proficuidade da dignidade
humana para todos... e não miserabilizar mais ainda com a música da caridade
ostentada pela pseudo supremacia.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Dezembro de 2013).
93.
«Somos sempre o reflexo de quaisquer circunstâncias e de estados de alma...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 27 de
Janeiro de 2014).
94. «A
memória é o armazém cognitivo do resultado da soma coevolutiva das coisas boas,
das coisas menos boas e das coisas más, no processo sociocognitivo de memorização
que nos acontece e nos acompanha... que vive em nós, que vivemos e que somos, a
que acedemos por iniciativa própria ou por surpreendentes assaltos de
inculcadas lembranças, que nos transformam e que, ao mesmo tempo, influenciam,
promovem e maximizam o nosso desenvolvimento humano, que nos conferem a
identidade de nós mesmos, que colocamos ou armazenamos de forma viva ou ténue
(como fonte de esquecimento para sobrevivermos ou de vitalidade para vivermos
mais felizes) na nossa intelecção ao longo da nossa esperança de vida e sobre
os tempos desde a mais remota ancestralidade, sendo essa caminhada na
memorização e na guarda de memórias a consciência de tudo o que nos é dado
conhecer ou saber inserir no tempo e na imaginação, na alimentação do nosso imaginário,
na nossa capacidade e competência para gerir e utilizar esse somatório de
sublimidades, de declives ou de fantasmas que arruínam, acumulado e inteligido
para combater esquecimentos ou reforçar a vivificação do que nos pode sustentar
e consolidar confortavelmente de pé.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 14 de
Abril de 2014).
95.
«Verifico que, na cegueira física, o maravilhoso está na resistência humana, na
persistência inclusiva, na adaptabilidade e na ousadia.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 29 de
Abril de 2014).
96.
«Escrevi o livro "História Breve dos Meios de Comunicação: Da Imanência
Pensante à Sociedade em Rede". Este livro não teria sido escrito sem
um muito sério e solidário contributo de três pessoas, a quem estou naturalmente
vinculado de alma e coração, numa dimensão matrimonial (a minha esposa) e,
consequentemente, biológica (os nossos dois filhos).
Por
isso, fica impresso neste sintético mas alargado contributo
histórico-comunicacional e cultural (não esquecendo alguns processos especiais
e alternativos de comunicação, que nunca apareciam juntos aos denominados
"processos normais de comunicação") o meu profundo e eterno
reconhecimento aos três, à Maria de Lurdes, que também tem sido a minha
inexcedível companheira de investigações há já cerca de três dezenas de anos
(que só a sua força perene da natural generosidade, dedicação, carinho, ternura
e amor pode fomentar e materializar, promover e dignificar, aprofundar e tornar
igualmente fecundo um trabalho académico, já perspetivado e consumado em vários
domínios e assente numa linda e singular relação conjugal), e ao Ruben Deodato
e ao Samuel Deodato, que também sempre estiveram e estão disponíveis e
interessados na recolha bibliográfica em papel e ciberespacial de elementos que
lhe foram solicitados e que, com uma alegria contagiante, se orgulham,
legitimamente, do seu também gratificante contributo pesquisacional e de
efeitos frutíferos, que se pretenderam para este livro.
Dedico
este livro a vocês os três, que têm sido uma espécie de Força escondida, mas
inquestionavelmente a minha Força indómita para crescer e sobreviver.
OBRIGADO,
meus Queridos, pela vossa Força e sublime incentivo ao sucesso, que é nosso!
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 13 de Maio de 2014).
97.
«Adormeço às vezes exausto e dolorosamente inerme nas brumas das memórias e na
constatação de falsas promessas e de perpetrados oportunismos que me atropelam
e me remetem para uma espécie de infausto estado de alma, apatia e descrença na
aparente credibilidade oferecida pela realidade das coisas, porque ofuscada por
essas mesmas camaleónicas manifestações. Esses egoísmos e oportunismos
sobrepõem-se à solidariedade, à partilha, à confiança recíproca e à equidade na
participação social e nos direitos humanos...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 3 de
Junho de 2014).
98. «Um
Abraço é sempre algo de profundamente terno, inclusivo e gratificante que se
troca com alguém, no emergente deleite do perfume e da cor da vida, que se
funde na magia de uma mútua e fecunda manifestação, que só a maravilha humana
pode ditar e concretizar.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 7 de
Junho de 2014).
99. «Às
vezes confundo-me em conceitos, como sombra e sobra. Tão depressa
me sinto sombra como sobra. A sombra pode provocar
desenvolvimento no âmbito do interesse dos outros, a sobra pode ser
necessário rebuscá-la, numa ausência de melhor, num determinado momento, para
convocar a justificação e consolidação de algo igualmente importante para a
concretização de propósitos dos outros. Neste sentido, não nos importemos de
ser olhados como sombra ou como sobra. Somos sempre úteis,
frutíferos e vitais, como as árvores.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Ponte 25 de Abril,
Almada-Lisboa: 9 de Junho de 2014).
100. «Há
que fomentar e promover as competências do amor e da cultura da aceitação
mútua, em vez da simples cultura da tolerância porque esta, em certa medida,
tem vindo a exorbitar da génese da sua fundamentação e a assumir ou a camuflar
o sentimento da opressão e da arrogância.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Agosto de 2014).
101. «O
curso e efeito dos conceitos é como a crescente pressão do volumoso caudal de
um rio exercida nas suas margens, fazendo-as naturalmente ceder, alargando-as
e, por consequência, ganhando e preenchendo com as suas águas cada vez mais
espaços vazios, sedentos e famintos de humanização.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Agosto de 2014).
102. «A
conceptualização arrevesada ou a verbosidade intensa como simulacro de
insinuação de verdade pode significar uma camuflagem intencional de algum tipo
de fragilidade ou incompetência. A propositada entropia nas palavras e nos
gestos pode constituir uma forma de autodefesa, sendo ao mesmo tempo um
esconderijo para as inseguranças da mais diversa índole.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Ponte 25 de Abril,
Lisboa-Almada: 15 de Setembro de 2014).
103.
«Entusiástica e disfarçadamente, embrulho os meus desgostos e contristações num
viço primaveril brilhante da bonomia e acatamento das minhas resignações e
angústias sobre o que me fustiga e surpreende de má sorte, agastando-me e
martirizando-me, sem que ninguém veja, o que me fortalece a consciência
identitária e das minhas convicções. Saber inteligentemente fingir ou
ridicularizar com humor o injusto é suavizar as próprias dores, provocar
intercompreensão e instaurar bem-estar à nossa volta.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Setembro de 2014).
104.
«Tenho a Classificação Máxima!
Tenho sete classificações, das
quais me orgulho muito e que me fazem igualmente feliz:
1ª - Sou
cristão, indiscutivelmente.
2ª - Sou
filho de uns pais maravilhosos e de coração grande em dignidade, que me fizeram
crescer.
3ª -
Tenho uma família linda que amo e que me quer, {A que também} junto grandes
Amigos.
4ª -
Tenho dois filhos, árvores plantadas e livros publicados.
5ª - Fiz
um Doutoramento e uma Agregação, {aprovado por unanimidade} com as
classificações máximas.
6ª -
Cheguei ao topo de uma Carreira Técnica Superior, na categoria de Técnico
Superior (Bibliotecas e Documentação) Assessor Principal, mediante a prestação
de provas em todos os concursos para progressão na Carreira, na Câmara
Municipal de Lisboa.
7ª -
Cheguei ao topo de uma Carreira Académica e Científica, na categoria de
Professor Catedrático com Agregação e Investigador, na Escola de Comunicação,
Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, mediante a prestação de todas as provas públicas
para a obtenção dos necessários graus e títulos e o percurso das etapas legais.
Não preciso de mais
classificações e distinções na Terra.
Tenho a Classificação Máxima,
graças a Deus!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 30 de
Setembro de 2014.).
105. «É
nas descompensações biopsicossociais e afetivo-emocionais que encontramos o
correspondente e momentâneo prazer máximo e efémero.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 3 de
Outubro de 2014).
106. «O
ter-se proclamado o Dia Mundial da Generosidade, a assinalar no dia 13
de Novembro de cada ano, constitui, para o mundo, um Lembrete anual da
inquestionável necessidade de sermos quotidianamente iluminados por essa
prerrogativa humana. A generosidade é uma afortunada virtude e também uma forma
sublime de sobrevivência social em todos os momentos da vida, que podemos criar
e implementar em nós próprios e que, nessa medida, sem rosto visualizável nem
identificável por qualquer razão, a poderemos implicitar na nossa comunidade de
pertença e na sociedade, gerando assim processos sustentáveis de solidariedade,
de participação social e de partilha, com simplicidade e provocação coevolutiva
dessa empresa humana dignificante da vida. A generosidade é sempre uma fecunda
grandeza humana que cultivamos dentro de nós mesmos e com a qual procuramos
infetar todos os outros à nossa volta, abraçando-a e seguindo-a como um caminho
conducente à felicidade, cujo segredo reside em flor e emerge paradisíaca no
polinómio "liberdade + verdade + coragem + compromisso humano" na
edificação e promoção da dignidade, do bem-estar e qualidade de vida de todos
nós. A generosidade é a humanidade sem rosto a sorrir e a abraçar sem medida o
universo da vida!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 13 de
Novembro de 2014).
107. «A
saudável perenidade do autoconhecimento e da problematização, fundada em vivos
exemplos teórico-empíricos para a vida na sociedade de todos, pode originar,
desenvolver e consolidar acessibilidades nas mais diversas áreas cognitivas,
mas desde que as palavras e as ações se indissociem num mesmo propósito
inclusivo, num mesmo sentimento discursivo e que falem a mesma língua.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Coimbra: 10 de
Novembro de 2014).
108. «A
saudável perenidade do autoconhecimento e da problematização, fundada em vivos
exemplos teórico-empíricos para a vida na sociedade de todos, pode originar,
desenvolver e consolidar acessibilidades nas mais diversas áreas cognitivas,
mas desde que as palavras e as ações se indissociem num
mesmo propósito inclusivo, num mesmo sentimento discursivo, e que ambas falem
a mesma língua.
· As palavras
orais ou graficofoneticamente representadas, na sua dimensão intonacional e da
glossemática, representam e reproduzem as nossas diferentes
circunstâncias e memórias desde o fundo dos tempos.
· As palavras
são as sementes vitais da luz e do fomento comunicacional e
sociocomunicacional, cognitivo e sociocognitivo, relacional e interacional nas
universalidades do "mundo da vida", do desenvolvimento humano e do
progresso em geral.
· As palavras
Permitem-nos viajar e voar na ubiquidade comunicacional, nos dados controlados
(ou ínvios e por vezes sem domínio) em rede, na sua permanente e cada vez mais
refinada intrusão nas nossas vidas, sob a forma de "big data"
(os grandes e crescentes arquivos de dados) ou de "normose", a
proeminência dos nossos tempos.
· As palavras
constituem (como o nosso próprio e indispensável respirar) as fartas e fecundas
searas de pensamentos e ideias, de inovação e criatividade, o alimento e
a materialização laboratorial sintática, semântica, pragmática e do valor
semiótico de tudo, da significação, aplicação e usabilidade dessas sementes
e searas na progressiva formação e transformação de mentalidades para a
revolução social, edificação e consolidação de sociedades e das
transversalizantes redes sociais (incorporando a formação das diversas culturas
desde a imanência pensante até à atual comunicação intercultural, multiétnica e
cibercultural), rumo a um desejável mundo humano, global e cosmopolita, cada
vez mais natural e eticamente inclusivo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Coimbra: 10 de
Novembro de 2014).
109.
«Estou no 3º nível etário da minha esperança de vida, mas pode ser o último,
porque só um número reduzido de pessoas chega ao 4º nível. Não obstante o nível
em que me acho posicionado, sinto-me como o "cimento" endurecido pelo
tempo e com a desejável força perene e indómita para não baixar os braços em
nenhuma circunstância. Neste contexto, já a cair de maduro (na posse de um
autoconhecimento adquirido e construído, permanentemente em edificação e
consolidação mediante a problematização, eu queria tanto estar tranquilo com o
bem-estar e qualidade de vida dos dois filhos, numa digna estabilidade humana e
de forma já sustentável na vida! E, implicitamente, eu também gostava tanto de
sentir que o nosso tão carinhoso e ternurento, maravilhoso e vivificante,
brilhante e envolvente "sol", sempre ansioso e incansável, atento e
inteligente e atrevidamente questionante (a mamã!), no sentido da promoção do
bem-estar de todos na nossa casa e na vida, se sentisse feliz por vivermos
felizes os quatro a constatação inequívoca dessa realidade já instaurada! Não
se distraiam, filhos, tudo é vertiginosamente célere e efémero na vida terrena
(só os inexpugnáveis e sublimes, imensuráveis e altíssimos Desígnios
Insondáveis de Deus Pai Todo Poderoso nos oferecem o digno bem-estar eterno) e
tudo começa a definhar-se, até o aludido "cimento", que guinda o "sol",
o "sol", que guinda o "cimento", e os filhos do
"cimento-sol" persistente, que podem, se continuarem a distrair-se e
sem horizontes definidos, deixar para trás o "cimento-sol" que só vos
quer ver, alimentados por este vosso biológico progenitor binomial
"cimento-sol", felizes e com a indispensável sustentabilidade na
vida, nos vossos voos assertivos e fecundos, capazes de continuar a
perpetuidade desta configuração algébrica "cimento-sol" para o
desenvolvimento humano e progresso a todos os níveis!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 2 de
Dezembro de 2014).
110. «No
domínio da comunicação inclusiva em intervenção precoce na infância ou noutro
qualquer nível etário ou área do conhecimento, nunca nos podemos sentir como os
detentores do absoluto saber, porque estaremos sempre em permanente processo de
aprendizagem e socialização, num megapuzzle educomunicacional e de
formação pedagógica e cultural, sociocognitiva e humana que nunca estará
concluído. Temos de nos saber descobrir e encontrar nos silêncios e na partilha
de conhecimentos e de revolucionárias intenções para a transformação de
mentalidades, reconhecendo a pequenez da nossa suposta grandeza, a força enorme
da nossa humildade e os férteis efeitos da experiência das nossas fragilidades,
para nos consciencializarmos dos grandes valores humanos que nos iluminam e nos
fazem crescer cada vez mais em dignidade para o acordar consciências e
despertar comportamentos, para o desenvolvimento e progresso, abrindo as
janelas da inteligência e do coração a todos, eliminando ou aliviando
desvantagens e carências uns dos outros com as nossas diferenças e, nessa
medida, sendo fontes inesgotáveis de generosidade e coragem, de gratidão e
abundância, na equidade de direitos e oportunidades em cidadania.»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT, Lisboa: 18 de
Abril de 2015).
111.
«Somos um megapuzzle que nunca estará concluído, que está em permanente
aperfeiçoamento, num percurso com lágrimas, dor, falhas, pedregulhos de
diferentes naturezas nos nossos caminhos, condicionalismos, obstáculos
igualmente da mais diversa espécie... As lágrimas são o arco-íris da alma, com
as quais irrigamos a tolerância, "a melhor religião do mundo" (Victor
Hugo), para que esta se mantenha viçosa, como as primaveras, mas
transformando-se cada vez mais em aceitação mútua. Os pedregulhos de variada
índole que nos surpreendem e nos magoam ao longo da vida, acabam por nos
refinar a paciência, que tem mais poder do que a força (Plutarco), e ninguém
cresce sem dificuldades, sem obstruções no caminho. Todos vamos crescendo
mediante as falhas em que as circunstâncias nos fazem incorrer, mas é com essas
falhas que vamos esculpindo aos poucos a nossa serenidade, crescemos em
dignidade, tendo ou convivendo com algum tipo de dificuldade ou dor, o que nos
pode até lapidar o prazer. Se não nos confrontarmos com obstáculos ao longo da
vida, as janelas da nossa inteligência e da nossa dignidade permanecerão
fechadas para sempre. Portanto, precisamos desses obstáculos para que essas
janelas se abram amplamente, as janelas da nossa inteligência.
Para que possamos ajudar a ser
felizes crianças, adolescentes, jovens, adultos, seniores, temos que
efetivamente ser capazes de amar e de saber amar. O amor é uma competência que
tem de estar sempre incondicionalmente disponível para intervir ao mínimo sinal
de alerta. Quanto mais generosos formos em relação ao infundirmos nos outros à
nossa volta felicidade, mais gratos nos podemos sentir em relação à vida e à
beleza que colocamos na vida das pessoas de formação, de desenvolvimento, de
bem-estar e qualidade de vida.
Assim, temos de semear e
cultivar em nós mesmos generosidade e gratidão, porque, à medida que o
conseguirmos fazer, no caso sob o ponto de vista humano e científico, também
semeamos e cultivamos harmonia, solidariedade e partilha, envolvendo-nos e
indissociando-nos naturalmente nesse processo recíproco de promoção de
bem-estar, transformando a generosidade e a gratidão numa fonte inesgotável de
participação social, de solidariedade, de partilha e abundância.»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT, Lisboa: 18 de
Abril de 2015).
112.
«Cientes de que nada de grande poderemos cumprir no mundo sem paixão, numa
paráfrase hegeliana, mas também, implicitamente, temos de ganhar capacidade e
competência para sabermos ser capazes de agir na dinâmica da fórmula trinomial
dos três cês: Coração quente + Cabeça fria + Capacidade de humor.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 6 de Maio
de 2015).
113.
«Comunicamos diariamente uns com os outros, de forma expressiva e
representativa, até numa dimensão confusionante, utilizando a verbalidade oral
e escrita, a gestualidade, a emocionalidade... somos persuasivos ou
dissuasores, socorrendo-nos das nossas habilidades e competências
comunicacionais que produzem o desejável impacto emocional nas mais diversas
circunstâncias, situações, pelas mais variadas razões. E isso pode acontecer
naturalmente, porque a tal nos habituámos ou nos habituaram a praticar desde o
berço, mas tudo aquilo que fazemos e dizemos, no nosso relacionamento e
interação, constitui matéria que é suportada em teorias e experiências, as mais
diversas. A nossa sociabilidade, sob o ponto de vista da fundamentação e
justificação, assenta em suportes teórico-empíricos específicos; a nossa
comunicabilidade, da mesma forma, também assenta em especificidades de natureza
teórico-empírica; assim, e por consequência, também a nossa
sociocomunicabilidade assenta em teorias e experiências que fundamentam a
sociabilidade e a comunicabilidade, dando-nos competências pessoais e sociais
para nos relacionarmos e interagirmos uns com os outros e com o mundo global e
cosmopolita.».
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 6 de Maio
de 2015).
114. «A
felicidade é um sentimento de bem-estar de alma e físico que cultivamos e
exercitamos à nossa volta, de forma partilhada num coletivo infinitamente
crescente, que nos habituamos a viver com uma fundada, sistematizada e fecunda
determinação humana e humanizante.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 9 de
Junho de 2015).
115.
«Comunicar é como respirar. Ninguém vive sem respiração e sem comunicação, seja
esta de que forma e tipologia for, sendo com ela que todos nos relacionamos e
interagimos, nos socializamos, nos desenvolvemos e nos humanizamos,
desempenhamos uma atividade cívica e profissional e ajudamos a edificar, a
eticizar e a humanizar o mundo da vida para todos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 10 de
Junho de 2015).
116. «Não
podemos deixar desmaiar o sorriso da alma e do rosto, do coração e da própria
pele... da lógica e da razão, da emoção e do sentimento... onde adormece, sonha
e acorda o bem-estar biopsicossocial e biossociocognitivo, estando sempre
cientes e interventivos na justificação crítica dos discursos e das ações.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 14 de
Junho de 2015).
117. «O
saudável e fecundo relacionamento e interação intrapessoal, interpessoal e
interinstitucional, é um imperativo moral e ético para que a humanidade seja
mais dignidade e a humanização aconteça em todos os domínios e se universalize,
dignificando e colocando o mundo da vida ao alcance de todos, sem exceções.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Ponte 25 de Abril,
Almada-Lisboa: 18 de Junho de 2015).
118.
«Quando serro um punho ou os punhos, faço-o consoante o ímpeto de um certo
sentimento, momentâneo ou espontâneo, encaminhando-me para a elaboração e
intelecção de uma viagem retrospetiva na história da humanidade desde tempos
ancestrais, seja percorrendo uma simbólica sociopolítica seja impulsionado por
um sentimento biopsicossociológico. A evolução histórico-iconográfica do punho
fechado ou serrado é o itinerário de uma perspetiva abrangencial de uma
sinalética e imagética postural e comportamental, também ao nível da
escopofilia e de outras tipologias e formas de manifestação... As diferentes
configurações e formas de manifestação na exibição do punho fechado ou serrado
traz-nos uma constelação multifacetada e pluridimensional, podendo ser de ordem
política e social, estética, comportamental, cultural, e de ostentação de
certos princípios, de supremacia racial, vontade ou retenção, de força e
demonstração de poder, de determinação e de ataque (os murros são desferidos de
punho fechado, um murro pesado dá-se com o punho ou com os punhos serrados!),
de dor, de contenção ou de prazer sexual... O desejo patológico de se exibir ou
de se sentir atraído pelo olhar dos outros, ou pelo usufruto do que resulta da
contemplação de órgãos ou da consumação de atos sexuais... Desde a imanência
pensante até à atual sociedade ou sociedades em rede ou no emergente e radical,
determinante e definitivo processo reticular online... a história das
civilizações guarda em si, sobre este assunto, um mundo de informação
imensamente rico, a aguardar a sua descoberta, estudo e divulgar sob o ponto de
vista investigacional e ensaístico!»
(Augusto Deodato Guerreiro, CCB/Lisboa: 18 de
Junho de 2015).
119. «O
bilinguismo e o biculturalismo é um binómio coevolutivo que, consciente e
devidamente treinado e exercitado ao nível do desenvolvimento biopsicossocial,
sociocognitivo e humano, devolverá à comunidade surda a natural competência
pessoal e social para lidar com a conceptualidade e a abstração, em perfeita
sintonia e diálogo com a comunidade ouvinte.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Instituto Jacob
Rodrigues Pereira da Casa Pia de Lisboa: 19 de Junho de 2015).
120. «Para
"Facebook Comunicação Alternativa" (Mestrado em Comunicação
Alternativa e Tecnologias de Apoio), criado pela Dra. Sónia Luís em 3 de Julho
de 2015:
"Comunicar é como
respirar. Ninguém vive sem respiração e sem comunicação, seja esta de que forma
e tipologia for, sendo com ela que todos nos relacionamos e interagimos, e
ajudamos a edificar e a eticizar o mundo da vida"
(Guerreiro,
2015).
Aqui neste espaço científico
do Mestrado em referência também se usa
"a comunicação
vísuo-motora, ou manuo-visual, como produção de uma língua natural através de
um espaço tridimensional, em que a configuração das mãos, o movimento do corpo,
a expressão facial, a localização e a orientação das mãos são os parâmetros
fonológicos de base, sendo as mãos e o corpo que descrevem tudo o que nos
rodeia, vemos, sentimos, o que pensamos e transmitimos"
(Guerreiro,
Almada: 2014).
Bem assim, o bilinguismo e o
biculturalismo, como binómio coevolutivo que, consciente e devidamente treinado
e exercitado, devolverá à comunidade surda a natural competência pessoal e
social para lidar com a conceptualidade e com a abstração, em perfeita sintonia
e diálogo com a comunidade ouvinte.
Aqui há olhos que ouvem e
ouvidos que veem... mãos que falam... mãos que também veem... Aqui há uma
infinita expressividade corporal e cultural, processo comunicacional vivo que
permite o relacionamento e interação, o entendimento entre os diferentes
cidadãos, estabelecendo intercompreensão. Aqui há sistemas pictográficos de
comunicação... especificidades comunicacionais aumentativas e alternativas...
tecnologias e produtos de apoio e de suplência comunicacional...
Aqui há áreas de investigação,
como:
"Comunicação e interação
social de e com pessoas cegas e com baixa visão, surdas, surdocegas, com
multideficiência, com autismo/atraso global do desenvolvimento, com patologias
neurogénicas da comunicação".
"Comunicação interpessoal
e interação social inclusiva: em presença e em rede".
"Comunicação literácita e
tecnológica, linguagens especiais e ambientes pessoais de aprendizagem".
"Do
empírico/multissensorial à abstração e conceptualização - essencialmente na
cegueira, surdocegueira e surdez".
"Universalização
comunicacional de conteúdos digitais acessíveis".
"Fundamentos das teorias
de intervenção precoce e comunicacionais nas problemáticas da deficiência em
geral".
"Didática comunicacional
e desenvolvimento sensoriocognitivo".
"Desenvolvimento
psicossociológico da pessoa surda".
"Língua gestual e cultura
surda: bilinguismo e biculturalismo".
"Psicologia do
desenvolvimento e aprendizagem".
"Metodologias
estratégicas para aferição e desenvolvimento das competências
comunicativas".
"Semiótica das linguagens
alternativas: Glossários e Dicionários temáticos para as diferentes
problemáticas comunicacionais".
Aqui neste domínio científico,
neste Curso, há formação especializada em "comunicação alternativa e
tecnologias de apoio", "comunicação na educação especial de alunos
cegos e com baixa visão", "comunicação inclusiva em intervenção
precoce na infância" e ao longo da vida, "comunicação e mediação
cultural para todos".
A inclusão digital, a inclusão
nas diferentes redes sociais, a participação social e a partilha, a equidade em
direitos e deveres humanos, em oportunidades e nos deveres e compromissos de
cidadania, o relacionamento e interação, a comunicação e socialização de todos
os cidadãos, independentemente das dificuldades de cada um, é o princípio base
de inclusão em que assentam os nossos propósitos científicos, os nossos
trabalhos de investigação e desenvolvimento, com especial enfoque no domínio
educomunicacional e cultural, pedagógico e de formação humana, da
profissionalização e qualidade de vida.
É nesta perspetiva que temos
vindo a sustentar que "Há que fomentar e promover as competências do amor
e da cultura da aceitação mútua, em vez da simples cultura da tolerância porque
esta, em certa medida, tem vindo a exorbitar da génese da sua fundamentação e a
assumir ou a camuflar o sentimento da opressão e da arrogância"
(Guerreiro, 2014).
É comunicando que nos
humanizamos e humanizamos o Mundo para todos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 5 de
Julho de 2015).
121.
«Adoro ser professor... No entanto, nos dias de hoje, tenho vindo a constatar
que, cada vez mais, a docência é uma função muito complexa e difícil de
desempenhar... Mas não deixa de ser, mesmo assim, um desafio altamente
motivador e inspirador, apaixonante e gratificante, provocador e desafiante. E
isto porque ensinar também é missionar, é instruir os outros nos princípios de
uma doutrina social que é promotora do desenvolvimento humano e do progresso em
geral. Deste modo, o professor também é um missionário, um catequista social,
no sentido da absorção, do entendimento, da utilização e promoção do
estabelecimento de formas de intercompreensão dos conhecimentos que transmite e
partilha com os alunos, fazendo-os entender com gosto a matéria.
Hoje em dia, os estudantes
manifestam, na sua maioria, uma grande dificuldade em escutar o professor, sobretudo
para além de 50-60 minutos de explanação da matéria, ainda que o mesmo implique
nela a envolvência desses alunos. Preferem ver um Powerpoint ou um filme
recheado de movimento, cor e informação visual, escusando a escuta sobre a sua
justificação, sistematização e enquadramento, contentando-se com a
superficialidade das questões abordadas. De facto, se não nos habituarmos a ter
o gosto de assimilar conhecimentos e saberes por intermédio das palavras (nas
facetas oral e escrita), simultaneamente com o que nos chega através do sentido
da visão, o interesse e a memorização de tudo aquilo a que acedemos só com os
olhos, está a ser a opção mais cómoda para um crescente número de estudantes, o
que nos começa a preocupar bastante. O professor tem de vestir e assumir uma
estratégia metodológica (obviamente sempre em transformação e à medida da
recetividade e participação dos estudantes) para ajudar e levar os alunos a
descobrirem caminhos e a acordarem em si dons e talentos, encontrando cada um
em si mesmo a capacidade de escutar, na cultura da escuta.
O professor tem de ser capaz
de integrar nas complexas teorias que, por vezes, se lhe impõe ensinar, o
quotidiano da vida dos alunos, do mundo da vida, da vida em comum, dos frutos
civilizacionais que, só em plena cidadania e nos grandes valores humanos, se
conseguem instaurar nas pessoas e na instituição família, nas comunidades, nas
sociedades civil e sociopolítica... Em certos passos de determinados programas
de unidades curriculares, o professor tem de hipotisar e experimentar o recurso
ao modelo de flexibilidade curricular, o que, em geral, acaba por ser um êxito.
O prazeroso êxito do ensino e
da aprendizagem começa na postura e na ação de um bom professor, entendendo-se
aqui o conceito de bom professor a sua capacidade e competência para saber
ouvir os alunos, saber escutá-los e interagir com eles num espírito de grande
respeito e camaradagem, nunca permitindo o vulnerabilizar ou o quebrar do
inteligente equilíbrio da autoridade e da permissividade, mas conseguindo
entrar nos interesses e preferências dos alunos, perceber os seus gostos e as
suas opções, as suas capacidades e competências pessoais e sociais,
socioeducativas e sociocognitivas, sensibilizar e motivar os estudantes para a
importância e utilidade da matéria a que a estrutura dos conteúdos
programáticos obriga a estudar e a entender com um vital objetivo
teórico-prático para a vida em sociedade, e exibindo e justificando o próprio
professor, ao mesmo tempo, também a necessidade do culto da naturalidade, da
agradável, produtiva e promissora aceitação mútua entre professor e alunos, e
entre os próprios estudantes. Reciprocidade entre os alunos que querem e
precisam de aprender a aprender e o professor que só deseja e quer ensinar a
aprender.
O professor não deve ser
apenas um emissor de informação e dados cientificamente fundamentados e
sistematizados, mas também, em simultâneo, um orientador, um mediador,
promovendo criatividade e capacidade crítica nos estudantes. Tem de saber
partilhar conhecimentos com os alunos, motivando-os e inserindo-os no
desenvolvimento e multiplicação desses conhecimentos.
Na verdade, sendo o
conhecimento um bem público, só pode entender-se que tenha de estar acessível a
todos e a ser partilhado por todos, em diversidade e equidade.
Sem pretendermos ser
redundantes, mas tanto quanto possível precisos no que nos anima esta nossa
convicção, o professor tem de ser capaz de incutir e promover nos alunos
competências educomunicacionais e sociocognitivas para que saibam consumir e
criar no âmbito dos conteúdos didáticos que lhes são transmitidos.
O maior trunfo do professor é
o desmedido entusiasmo com que ensina a matéria, com que explicita e partilha o
conteúdo programático, e sempre aliado à natural flexibilidade para a mudança
de estratégia educativa e formativa, mal se aperceba dessa necessidade na
turma, cujo número de alunos, apesar do desejável ser no máximo dezasseis a
vinte, poder esse número variar consoante o tipo de matéria que se tem em mãos
para ensinar e o grau cognitivo e da utensilagem mental dos alunos em presença,
o que pode variar ainda com a tipologia das suas origens e proveniências
sociais, afetivo-emocionais, linguísticas, apreço pelo saber mais, pela
cultura, etc.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de
Julho de 2015).
122. «A
poesia é sensibilidade e eloquência, elegância, mordacidade e contumacidade,
sagacidade intelectual para sugerir, provocar, impressionar, extasiar... É a
arte de interpretar o sentir e o pensar, ou de escrever e dizer o que se sente
e pensa, finge ou imagina, numa dimensão intercompreensiva e materializável num
doce, agridoce ou cruel contexto filosófico e imaginário que sublimemente se
concebe ou deseja alcançar. Em suma, a poesia pode ser a arte de interpretar
sentimentos e pensamentos, ou de escrever e dizer o que nos enche a alma e o
coração, a loucura e a razão da quotidianidade circunstancial que cada um de
nós é, que todos somos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Viagem
Atalaia-Lisboa: 2 de Agosto de 2015).
123. «A
génese do entendimento e intercompreensão da significação e sentido da vida, e
do respetivo desenvolvimento e progresso, está nas potencialidades e efeitos do
fenómeno interativo e relacional da comunicação.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Agosto de 2015).
124. «É na
génese da significação e sentido da vida que encontramos o fenómeno
comunicacional, que é o responsável pelos fenómenos vitais do pensamento, do
desenvolvimento humano e do progresso a todos os níveis.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Agosto de 2015).
125. «Sem
a comunicação e as consequentes educação e cultura nunca entenderíamos o
significado e o sentido da vida, nem teríamos empenho e desempenho no
desenvolvimento humano e progresso, nem a humanização teria lugar em cada um de
nós e no mundo global e cosmopolita.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Agosto de 2015).
126.
«Precisamos do ar e dos pulmões para respirar e existir, da mesma maneira que
precisamos do pensamento, de uma língua e da boca e/ou do corpo para comunicar
e viver, desenvolver e humanizar, promover e revitalizar a vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Agosto de 2015).
127. «A
materialidade é efémera, a espiritualidade é eterna.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Viagem de Atalaia-Lisboa:
4 de Novembro de 20a5).
128. «À
medida que vai acontecendo o irreversível desmoronamento e desmaterialização
dos nossos entes queridos e templos humanos vivos e estes nos vão deixando
fisicamente, a nossa ainda que forte racionalidade (não obstante cientes da
infinitude da espiritualidade dos mesmos) começa a perder batalhas e a ceder
lugar à incontida emergência das emoções, de forma anárquica e definhante.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de
Novembro de 2015).
129. «O
ouvir ler e o dizer não é a mesma coisa que, simplesmente, ler e escrever.
Escrever e ler é viajar dentro de nós e lá fora, é conceber e materializar
criatividade e inovação, razão por que também os grafemas braille "são
sementes de luz levadas ao cérebro pelos dedos, para germinação do saber"
(Helen Keller), na genialidade fonética e alfabética, por meio de pontos
táteis, porta sonográfica (o ponto) inventada por Barbier de la Serre e,
graficofonética e alfabeticamente, redimensionada, sistematizada e escancarada
por Louis Braille à acessibilidade e usabilidade das pessoas cegas do mundo
inteiro, em relação a todo o tipo de conhecimento. Nesta aceção, a literacia
braille, como contributo educomunicacional, intelectossocial e sociocognitivo
para a humanidade, veio emancipar as pessoas cegas, promover a sua inclusão em
todas as áreas do conhecimento e abrir-lhes uma infinidade de caminhos no mundo
do saber, com desafios e propostas sem fim, também através das outras e
sequentes literacias, progressivamente inclusivas.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 15 de
Fevereiro de 2016).
130.
«Sempre que registo ideias mais consistentes em qualquer tipo de suporte
(intelecção, papel, digital...), sinto-me revigorado e naturalmente
consolidado, sob o ponto de vista semântico e significacional ao nível
teórico-empírico, pelos diferentes dicionários que, nos mais variados
contextos, tenho vindo a armazenar e a ordenar no meu sótão cognitivo de
arquivos interativos, nos quais pesquiso e requisito em simultâneo as ajustadas
informações e unidades linguísticas necessárias à fundamentação do que penso e
sistematizo, escrevendo essas ideias e incorporando-as numa visão holística e
formal dos fenómenos sociais e humanos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Outubro de 2016).
131.
«Todos temos dentro de nós algo de fariseu e de pelicano... Mas parece que nos
comportamos mais determinadamente, esquecendo a humildade... Todavia, o firme e
digno envidamento de esforços pessoais e institucionais vai continuando a dar
frutos... poucos... mas bons e a multiplicarem-se. E um dia toda a humanidade
humanizar-se-á em plena cidadania.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hospital da
Luz/Lisboa: 23 de Outubro de 2016).
132.
«Citando Augusto Cury e ampliando o que ele neste pensamento sustenta, "a
igualdade nasce não porque todos somos iguais, mas porque usamos as nossas
diferenças para suprir as necessidades uns dos outros e para promover a
harmonia e a solidariedade", o direito à participação social e a partilha,
a gratidão e a consequente abundância.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Fundação
Liga/Lisboa: 4 de Novembro de 2016).
133.
«Investigando e desenvolvendo, aprofundando e exercitando a suplência
multissensorial e a tifloperceptibilidade, com especial enfoque na tatologia e
na audibilidade, tendo-se e sendo-se essa problemática, vivendo-a ou convivendo
com ela, a consciencialização das efetivas capacidades e competências pessoais
e sociais das pessoas cegas implantar-se-á nas cabeças das pessoas normovisuais
e a inclusão naturalmente acontecerá.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 5 de
Novembro de 2016).
134.
«Tenho de continuar sempre, num progressivo e infinito desenvolvimento e
aprofundamento, a olhar com cada vez mais precisão para o meu interior, para
mim, em termos de inteligência emocional e das consequentes manifestações e
comportamentos, para evitar o fomento e promoção de susceptibilidades... Aquilo
que se me afigura importante, e me faz ciente dessa inequivocidade, permanece
em mim e frutifica; aquilo que me perpassa sem nenhum aparente tipo de
importância (e esbatido na minha descomprometida e momentânea espontaneidade)
esvai-se e sai da minha consciência... A minha intelecção, conscientização e
atuação, de mim próprio e em relação ao que me rodeia e envolve, é um mundo
imensurável de descobertas e de permanentes ajustes éticos e sociocognitivos ao
processo construtivo da humanizante intercompreensão e da desejável humanização
da vida... É uma caminhada sem fim... mas apaixonante e promissora, fértil e
prazerosa, feliz e seareira de felicidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Ponte 25 de Abril
Corroios-Lisboa: 11 de Novembro de 2016).
135. «Amar
e fazer amar é humanizar a vida e, assumindo de maneira indómita e interventiva
esta prerrogativa, ser feliz é ter inquestionável prazer solidário no existir
e, nessa medida, incendiar o nosso ambiente e o mundo com o fogo deste
propósito e convicção.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Fundação
Liga/Lisboa: 23 de Novembro de 2016).
136.
«Nunca deixar que a emoção enraizada no ínvio e na desalicerçada fundamentação
se sobreponha à lógica e à razão das justas decisões e determinações
humanizadoras da vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 27 de
Novembro de 2016).
137. «O
humanizar a vida em cidadania e igualdade nas diferenças e nas oportunidades,
usando essas diferenças na dissipação de desvantagens, dificuldades ou
necessidades especiais uns dos outros para instaurar a justiça e a paz na
educação intercompreensiva na lógica e na razão do prazer de existir, está na
reciprocidade interpessoal do relacionamento e interação, assim provocando uma
união social cada vez mais efetiva, e na naturalidade do amar e do fazer amar.»
(Augusto Deodato Guerreiro, na sua Conferência
"Humanizar a Vida em Cidadania e Igualdade nas Diferenças e no Prazer
de Existir"/"Tertúlia de Sabedoria Mesa Redonda", no
Hotel Real Parque/Lisboa: 3 de Dezembro de 2016).
138. «Só
com generosidade, amor e justiça, afeto e gratidão, usando naturalmente as diferenças
uns dos outros para suprir as dificuldades uns dos outros, e promovendo o
direito à participação social, a solidariedade e a partilha, a harmonia e a
equidade, a paz e a esperança para humanizar a vida e o mundo global, se é
seareiro de abundância e felicidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Viagem de
Lisboa-Algarve, descendo a mágica planície do Baixo-Alentejo: 8 de Dezembro de
2016).
139. «Só
com generosidade, afeto e gratidão, se é seareiro de abundância e felicidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Viagem
Lisboa-Algarve, descendo a mágica planície do Baixo-Alentejo: 8 de dezembro de
2016).
140.
«Sorrir às adversas intempéries sociais que nos afrontam é fortalecer a
estrutura intrínseca e a espiritualidade do bem-estar e da humanização da
vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 21 de
Dezembro de 2016).
141. «Só
há relação social continuada desde que assente na vital infocomunicação
emocional e afetiva.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 21 de
Dezembro de 2016).
142. «Há
sofás de conforto na vida em que nos sentamos a cogitar e a concretizar só em
função do nosso umbigo, contemplando-o em sobreposição a tudo e a todos. Mas
também há sofás de conforto na vida por que vamos passando e neles marcando
lugar para sentar os que não parecem ter lugar na vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hospital da
Luz/Lisboa: 23 de Dezembro de 2016).
143. «O
Natal é um conceito inclusivo em que nos solidarizamos e partilhamos no fim de
cada ano... Mas é urgente a sua implantação nos nossos corações e ações em cada
segundo da vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hospital da
Luz/Lisboa: 23 de Dezembro de 2016).
144. «Há
vidas que são livros de magnífica e frutífera instrução e de sublime
humanização da vida. Há vidas que são esses livros, mas que se ignoram ou
abandonam e se deixam fechar para sempre no insondável e intransponível
hermetismo da morte.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hospital da
Luz/Lisboa: 28 de Dezembro de 2016).
145. «São
as ferramentas humanas formais e vitais da vida que às vezes menosprezamos, as
imprescindíveis ao relacionamento e interação, à sociocomunicabilidade e à
competência sociocognitiva, à generosidade e gratidão, mas que são também
aquelas que nos perseguem e nunca nos abandonam enquanto a nossa conscientização
dessa real necessidade não estiver em plena ação operacional e funcional.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hospital da
Luz/Lisboa: 28 de Dezembro de 2016).
146. «A
tiflografia é um processo tátil graficofonético e intelectossocial específico
para uso literácito das pessoas cegas, cuja viagem tem a sua génese em
engenhosas tentativas muito recuadas no tempo, que prossegue o seu caminho de
aperfeiçoamento e justificação até aos nossos dias, vindo a materializar-se e a
implementar-se através de sucessivas etapas de progresso, desde a representação
manual de carateres - em relevo linear (Haüy) e por meio de pontos salientes
dispostos sistematicamente (Serre e Braille) -, passando pela sua representação
mecânica (a datiflografia em máquinas especialmente concebidas para tal), até
às atuais formas de representação em suporte digital, cada vez mais
sofisticadas e precisas em acessibilidade e usabilidade, estado de graça este
sustentado e disponibilizado pelos ilimitados recursos tiflotecnológicos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lembrando o genial
inventor Louis Braille, 165 anos após a sua partida física, na Faculdade de
Letras da Universidade do Porto: 6 de Janeiro de 2017).
147. «A
relação social pode aprofundar-se e transformar-se em amizade. Só há relação
social e de amizade (o que é inquestionável) desde que essa relação assente na
vital infocomunicação emocional e nas atitudes (em empatia e afetividade), de
mãos dadas e a falarem a mesma língua, nas palavras e nas ações.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Faculdade de Letras
da Universidade do Porto: 6 de Janeiro de 2017).
148. «A
palavra democracia, na forma mais multilateral de entendimento e aceitação uns
dos outros, de mútua compreensão humana e humanizante da vida em sociedade,
impulsiona o pensamento e a ação numa aparente irreversível caminhada livre,
viva e de transformação de mentalidades, alimentando e iluminando a ideia da
criação de lugares para todos na sociedade... Mas a sustentabilidade desta
espécie de eutopia é inviabilizada pela distopia, que nos remete para o
conceito de democracia (parafraseando Jorge Luís Borges) análogo a "um
erro estatístico", porque, em "democracia decide a maioria" e
essa "maioria" é constituída por "imbecis". Todavia, e
porque a imbecilidade não pára de surpreender e de se impor na sombra, também
pode a democracia constituir um sentimento por vezes ainda impreciso na
ambivalência ou no conformismo consciente na prévia cumplicidade assumida por
uns e por outros no voto e no posterior aproveitamento governativo do resultado
desse voto, dos que passam a governar e dos que passam a ser governados, na
equidade de deveres e direitos dos alternadamente eleitos e eleitores. É um megapuzzle
humano de progressão infindável, cuja plenitude em perfeição só Deus sabe
montar e fazer cumprir em verdade e liberdade, num contexto social digno onde
todos têm efetivamente lugar.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Mosteiro dos
Jerónimos/Lisboa: 9 de Janeiro de 2017).
149. «A
espontaneidade é, em geral, a voz do impulso da cumplicidade e da momentânea
verdade das coisas.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Casa do
Alentejo/Lisboa: 14 de Janeiro de 2017).
150. «É na
origem do problema que se deve procurar a solução inteligente desse mesmo
problema, sob pena de, com alguma desatenção ou negligência, se criar outro
problema maior e mais incendiário ainda de outros problemas.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 24 de
Janeiro de 2017).
151. «Sou
amaxófobo por razões que a minha estrutura sensorial me impõe. Mas conduzo, nas
utopias, eutopias, distopias e retropias que os sonhos me inspiram e me
atravessam, todas as locomotivas infocomunicacionais e educomunicativas,
sociocognitivas e sociocomunicacionais inclusivas, que vou inventando e pondo
em movimento num processo de cidadania, equidade e participação social.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 26 de
Janeiro de 2017).
152. «Os
paradigmas e os enigmas, os fenómenos da própria fenomenologia da
infocomunicação e das linguagens, que nos vêm chegando através da
intemporalidade e da imaterialidade, surpreendem-nos a cada momento numa
imprevisibilidade desconcertante e numa eternidade evolutiva, em dois
ministérios igualmente infinitos e insondáveis na sua imensurabilidade: o
ministério do tempo e o ministério do espaço. Nestes enigmáticos ministérios, os
diferentes processos de relacionamento e interação, comunicacionais e das mais
diversificadas linguagens emergem de modo progressivo e inesgotável,
logarítmica e fantasticamente criativo e inovador, consoante a força das
necessidades e a fertilidade dos imaginários, multiplicando-se a uma desmedida
velocidade aquém e além do alcance e do controlo humano.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Constatação a
partir do filme "arrival", Feijó/Almada: 12 de Fevereiro de 2017).
153. «O
mundo não está mal. O que está mal é a arrogância e a irresponsabilidade de
individualistas e egoístas, possessos e estultos de poder, que,
desenfreadamente, se julgam donos das chaves dos poderes e dos centros de
decisão do mundo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de
Fevereiro de 2017).
154. «Num
grupo a que por qualquer afinidade pertencemos e em cujo relacionamento e
interação entre os seus membros há empatia na interlocução, tendo-se este grupo
constituído expressamente para algum evento do interesse de todos, podemos,
numa súbita e agradável espontaneidade, ser mais atraídos e englobados nele e
passarmos a ser as circunstâncias e a sociocomunicabilidade emocional do grupo
nesse mesmo contexto.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hotel de Alte: 14
de Fevereiro de 2017).
155.
«Penso que a solução dos grandes problemas no mundo, essencialmente de natureza
afetivo-emocional e sociopolítica para o estabelecimento de consensos
universalmente aceitáveis ou aceites e bem-estar da humanidade, está na
educação e na comunicação, mais exatamente nos processos de socialização em
equidade e cidadania, educomunicação e infocomunicação, usando as diferenças
uns dos outros no desenvolvimento identitário e na permutabilidade de
valores, igualitário e de reciprocidade na partilha, assim procurando
suprir as necessidades uns dos outros e alcançar o natural sentimento inclusivo
no desejável mundo de todos, onde todos nos possamos sentir cada vez mais
interventivos e gratificados na humanização da vida e no prazer solidário de existir.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 28 de
Fevereiro de 2017).
156. «Sem
dúvidas inteligentes não há soluções inteligentes. A dúvida é sempre solução,
porque é produtiva e geradora de sucessos e de coevolução... nem que seja à
força de determinações oceânicas e lágrimas de aço.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Viagem
Lisboa-Algarve: 2 de Março de 2017).
157. «A
comunicação não-verbal e a paraverbalidade entrosadas na comunicação verbal
(oralidade e escrita) reforçam o objetivo infocomunicacional e o efeito
sociocomunicacional na desejável compreensão interlocutiva e/ou graficofonética
entre os interlocutores e/ou inter-epistológrafos num determinado momento, seja
in loco seja além-fronteiras.»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 20 de
Março de 2017).
158. «De
vez em quando tropeço na esperança... E ela como que se defende, escapulindo-se
sem me olhar... E quando isso acontece afundo-me num surpreendente
inexplicável... a imaginar escadas, rotas e caminhos para voltar a merecê-la e
a abraçá-la... E ela vem ao meu encontro e entrega-se-me de braços abertos. A
esperança será sempre a última fortuna incentivadora viva a deixar-nos cair e a
perecer nos nossos propósitos e emocionalidade inteligente.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Março de 2017).
159. «A
persistência no êxito e na realização pessoal pode ser efémera... A efemeridade
caracteriza ou neutraliza todas as ações e todas as coisas e respetivas
significações que têm para nós. Só o estarmos efetivamente cientes do dever cumprido
permanece... embora submergindo no nosso sótão cognitivo, num arquivo
progressivamente remoto...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 31 de
Março de 2017).
160. «De
novo em Fátima... Misericordioso e miraculoso Santuário de Nossa Senhora Mãe Santíssima,
a quem rezamos e pedimos que interceda por nós e que nos coloque sempre no
Caminho da Salvação, neste Santo Lugar e singularmente apelativo, acolhedor e
solícito à oração, onde nos concentramos na súplica à infinita misericórdia de
Deus! Aqui me recolho e reconforto. Aqui me retempero e reencontro. Aqui me
reconcilio com o mundo da vida e comigo próprio, e me revitalizo para o
confronto com as adversidades e intempéries sociais por que vamos passando e
procurando vencer as mais complexas agruras e surpresas que nos atormentam...
mas que só podemos encarar e agradecer como fortalecimento da nossa cruz na
caminhada para a Vida Eterna.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Fátima: 7 de Abril
de 2017).
161. «A
sucessão conjunta de realidades e a-realidades agradáveis e desagradáveis com
que nos defrontamos, relacionamos e interagimos ao longo da vida, umas vezes de
propósito e outras vezes inadvertidamente ou de forma inesperadamente
surpreendente e por isso molestante... esse evolutivo somatório fortalece-nos a
estrutura intrínseca e incentiva-nos à luta, cada vez mais acesa e eficaz, em
dignidade e determinação para ultrapassar com êxito todas as antipatias
obstrutivas ou quaisquer outros tipos de embates ou barreiras.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hotel Monte Rio
Aguieira/Mortágua: 8 de Abril de 2017).
162. «As
efemérides, o assinalar e o comemorar Dias Nacionais e Mundiais, as memórias
que, desde o fundo dos tempos, atravessam a história dos tempos... são
realidades que nos despertam e nos fazem olhar bem cá dentro... e inventar e
refinar processos de intervenção para o bem-estar à nossa volta e no mundo...
Eu, sempre que me acho neste
frutífero contexto, sinto-me mais útil e feliz. Por isso, hoje, neste contexto,
também nele me recolho e reconforto; nele me retempero e reencontro; nele me
reconcilio com o mundo da vida e comigo próprio, e me revitalizo para o
confronto com as adversidades e intempéries sociais por que vamos passando e
procurando vencer as agruras e surpresas mais complexas que nos atormentam...
mas que só podemos encará-las e agradecê-las como fortalecimento da nossa cruz
na caminhada viva, persistente e única, de cuja vital e fecunda singularidade
nunca podemos desistir, na firme convicção da Bela Bem-Aventurança que nos faz
cientes da inequívoca "Destruição da Morte" e da "Restauração da
Vida".
A Páscoa coloca-nos neste
contexto.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 14 de
Abril de 2017).
163.
«Estou profundamente cansado da gestão inteligente do que me desagrada e até me
confunde sem medida... Preciso do urgente feedback inteligente que
justifique ou que, pelo menos, ponha em causa a razão desta sentida e ponderada
constatação...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Comboio
Fertagus/Lisboa-Corroios: 21 de Abril de 2017).
164. «A
vida é feita de convicções conscientizadas e por vezes de circunstâncias
oportunísticas que nos transcendem, que nos surpreendem ou nos colocam numa
situação de impasse... num letargo ínvio ou numa exata determinação...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Comboio Fertagus/Lisboa-Corroios:
21 de Abril de 2017).
165. «Não
sonho só a vida, mas vivo sobretudo a vida da realidade e do sonho.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Comboio
Fertagus/Lisboa-Corroios: 21 de Abril de 2017).
166.
«Estou cansado do inexplicavelmente estranho do passado que chega ao
presente... que é presente... que perturba... e que ainda pode ser futuro...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Comboio
Fertagus/Lisboa-Corroios: 21 de Abril de 2017).
167. «A
vida é feita das mais diversas e inimagináveis circunstâncias... às quais
podemos ser alheios... mas nelas navegando... voando, comportando-nos...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Comboio
Fertagus/Lisboa-Corroios: 21 de Abril de 2j17).
168. «Os
vazios nunca são efetivamente vazios, porque são sempre aparentes... Nada é
vazio porque, na realidade, tudo reúne conteúdo ainda que inobservável e/ou
ininteligível imediatamente.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Azeitão: 22 de
Abril de 2017).
169. «O
produtivismo só é força conceptual de vida e revitalização, desde que a sua essência
não obrigue apenas a uma coevolução sempre igual e sem novas ramificações de
frutífera produtividade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Pastelaria
"Cego"/Vila Nogueira de Azeitão: 22 de Abril de 2017).
170. «Em
cada olhar interventivo diferente há uma vitalidade sinergética e intercultural
a refletir e a equacionar para os caminhos da efetiva inclusão...
Usando as diferenças nas
diferenças uns dos outros, nos mais variados contextos e em convívios sociais,
harmonizando a naturalidade relacional e da interação num envolvimento de mútua
aceitação uns dos outros e numa solidária equidade e partilha em cidadania, as
diferenças ou assimetrias, assim olhadas, com o coração e a lógica da razão,
tornar-se-ão incentivadoras e promotoras de humanização e fertilidade nos
planos dos caminhos para a intervenção inclusiva...
O conceito de diferença, na
firme convicção da sua utilização nas diferenças uns dos outros para a
supressão das necessidades uns dos outros, justamente assim concebido e
sistematizado, interiorizado e aplicado, de modo consistente e progressivo, só
poderá revolucionar e transformar mentalidades, gerando eficazes processos
educomunicativos e pedagógicos, práxicos, teórico-empíricos e culturais
conducentes à desejável inclusão social, mediante a adequada intervenção
precoce e ao longo da vida.
É nos olhares dos corações e
da razão, nas diferenças funcionais e operativas de cada um e de todos, nas de
uns e de outros, que nascem os caminhos para a intervenção e inclusão. É nos
caminhos da intervenção e da inclusão, em cidadania, diversidade e equidade,
que a emergência saudável e determinada desses olhares consolida e frutifica a
generosidade e a gratidão em abundância, a dignidade e a humanização da vida no
mundo para todos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 29 de
Abril de 2017).
171. «Aqui
jaz uma Memória sublime... o seu desmedido espírito filantrópico e edificador
de grandes valores humanos, a sua finalidade e fisionomia arquitetónica... numa
nostálgica e profundamente contristante mágoa histórica, e humana, na
tiflologia em Portugal, porque, institucionalmente, lhe permitiram mudar o
destino e configuração visual interior. Porém, este lugar, para além de outros
no nosso País, guardará sempre a Memória do destemido empenho e desempenho do
paladino da causa tiflológica portuguesa, do emérito humanista, professor e
jornalista, filantropo, tiflófilo, tiflólogo e tiflopedagogo José Cândido
Branco Rodrigues. A doação e construção de raiz imponente e vivificante, que
ele próprio fomentara e promovera tão dignamente, mas que desviaram do seu
grandioso e nobre objetivo, para simplesmente ser vendida e capitalizada em
muito dinheiro. A fortuna tiflológica e humana projetada nesta doação e nos
frutíferos benefícios dela resultantes foi assaltada pela força dos
desenfreados interesses da alta finança. O que era uma Escola para a
emancipação cultural e social das pessoas cegas (que porventura poderia vir a
transformar-se num justo Centro ou Fundação para a investigação e ciência em
tiflologia) virou sumptuoso "condomínio fechado". Mas eternamente
aberto, ainda que em silêncio, no coração das pessoas cegas e do revitalizante
património histórico da tiflologia em Portugal.»
((Augusto
Deodato Guerreiro, Em frente ao edifício do ex-Instituto de Cegos Branco
Rodrigues, agora reconstruído e com outra finalidade/São João do Estoril: 20 de
Maio de 2017).
172. «A
literacia braille tem de ser mais premente e assumir, quanto antes neste século
XXI, uma real e permanente função formativa (no ensino/aprendizagem), ao mesmo
tempo alargando também este propósito à realização de Cursos de reciclagem,
sobretudo para professores de educação especial na área da disfunção visual,
envolvendo esta tipologia literácita no ensino regular, na educação, na
construção identitária e inclusão da pessoa cega.»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 2 de
Junho de 2017).
173. «Às
vezes, somos aviltados pela ignorância intelectual e inadvertidos oportunismos
momentâneos...
Outras vezes, pela aparência
da essência em que nos supomos ser interpretados...
Outras vezes ainda, somos
mimados pelas inofensividades apreciativas que as circunstâncias
civilizacionais acham que deve ser assim...
Mas sempre nos surpreendemos
com as inesperadas observações e estranhezas que nos atiram...
E sempre a intuição e a
inteligência as constata, quando sustentadas em não raras interpretações de
certas "areias" cognitivas, soltas e moldáveis à configuração que as
"águas" nelas deixam quando as "beijam"...
Só temos que nos tranquilizar
na paz do sossego intrínseco que somos e que queremos partilhar na união das
relações humanas, assim nos afastando das torpes inconveniências ou
ignobilidade que se passeia.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Estação de Comboios
de Corroios: 4 de Junho de 2017).
174. «O
inesperado que nos acorda e conserta no horizonte dignitário do desejável é
sempre gratamente bem-vindo, reconhecido e que sem medida nos apraz e alegra
registar no coração e nas árvores que frutificam a vida humanizada.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 15 de
Junho de 2017).
175. «A
dimensão proximal e distal nas relações interpessoais, em que pesam as funções
cognitivas e a inteligência emocional, enriquece-nos a amplitude cognitiva,
conativa (connosco próprios e com os outros) e sociocognitiva para nos
relacionarmos e interagirmos uns com os outros de modo conscientemente
psicomotor e afetivo-emocional.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feira do
Livro/Lisboa: 16 de Junho de 2017).
176. «Às
vezes, sofro as incompreensões ou desagradáveis manifestações dos meus
semelhantes e, também por vezes, sofro a minha própria (mas grata) paciência e
inexcedível tolerância para suportá-las. Ao mesmo tempo, reconforta-me,
retempera-me e revitaliza-me a alegria pedagógica de conseguir olhar com o
coração e com a razão para esta inequivocidade e de persistir no desmoronamento
da sua sustentabilidade, ousando exemplificar e teorizar o que me parece ser
mais sensato e bom, elucidativo e socializante para todos nós, em cidadania e equidade.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Café Concerto, no
Jardim do Campo Grande/Lisboa: 19 de Junho de 2017).
177.
«Muitas vezes a nossa superficialidade, que é a aparência, toma conta da nossa
essência, que é a genuína ecografia biopsicossociológica e humana que somos. A
superficialidade, consoante determinadas circunstâncias, tem mais força, dá
mais nas vistas, e impõe-se à essência, camuflando-a ou amordaçando-a.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 23 de
Junho de 2017).
178. «Há
situações, constatações e interpretações ínvias que os nossos interlocutores ou
parceiros não entendem, só porque, em determinado momento, não estão na mesma
dimensão sociocognitiva e intelectual que a nossa. Mas a verdade inequívoca
permanece e a realidade indiscutível sempre emerge elucidativa num qualquer ou
inesperado contexto intercompreensivo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 30 de
Junho de 2017).
179. «o
físico é temporário e efémero, o espírito é permanente e eterno.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Casa do Alentejo/Lisboa:
20 de Julho de 2017).
180.
«Somos os habitáculos e os lapidadores intelectuais das nossas memórias mais
determinantes, mais ou menos fortemente inseridas na evolução dos tempos do
físico, do pensamento e da espiritualidade, e são elas que, de algum modo
permanecendo, nos conferem personalidades próprias nas nossas manifestações e
decisões, nessa medida nos influenciando e identificando nas nossas atuações
boas ou más, como mentores para o bem ou caciques para o mal, como crentes,
agnósticos ou ateus, como interventivos docentes e mediadores para o bem ou
para o mal, com menos ou mais fundamentalismos... Com menos ou mais êxitos
humanos para o bem ou para o mal... Somos as nossas memórias que, connosco,
podem crescer e tomar as mais diversas formas, enquadradas num itinerário de
vida que nos impuseram, em que caímos, ou que escolhemos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 5 de
Agosto de 2017).
181.
«Procuro viver e reificar, refletir, ponderar e edificar, no meu resguardo,
onde as minhas decadências e ascensões se entrecruzam e interajudam sem
ostensividade, e amalgamando-se numa maravilhosa vitalidade, neste meu
vivificante recato.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 6 de
Agosto de 2017).
182.
«Gosto das insónias porque me dão luta e me inspiram, porque me fazem refletir,
equacionar e sistematizar constatações...»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada:
madrugada de 7 de agosto de 2017).
183. «O
oportunismo sacana, que subtilmente se sobrepõe a tudo e a todos, é uma oculta
e terrífica arma de precisão, bem exercitada e utilizada às escondidas por
alguém que em regra se finge muito carenciado, traído e inerme, mas que emerge
maquiavélico nos momentos mais inesperados e definitivos, procurando manter-se
impávido o furtivo atirador, e a bater palmas na sua forma secreta de triunfo
orgulhoso, sorrateiro, e também no seu silêncio manhoso.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 14 de
Agosto de 2017).
184. «Para
que me serve a opulência, a sumptuosidade e o multimilionarismo, se não tenho
no mundo o maior e mais verdadeiro luxo, que é a riqueza da união dos homens no
seu relacionamento e interação, na feliz consensualização em cidadania e
equidade na solidariedade e na partilha?!»
(Augusto Deodato Guerreiro, Freixo
Verde-Benafim: 19 de Agosto de 2017).
185. «Os
compromissos éticos e deontológicos dos olhares do coração e da lógica da
razão, na naturalidade da mútua aceitação a dois, ou uns dos outros... ou numa
ampla extensão interlocutiva, num mesmo contexto, conforta-nos e revitaliza-nos
a constatação da certeza e da alegria de estarmos juntos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 26 de
Agosto de 2017).
186. «A
felicidade é concebida por cada um na dignidade e tranquilidade de cada um, e
só é considerada como efetiva desde que, nessa aceção, desmedidamente
incendiária das famílias, das comunidades, das sociedades, do mundo.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 4 de
Setembro de 2017).
187.
«Quanto mais damos de forma convicta e abnegadamente, menos necessidade temos
de recompensas na Terra.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Lisboa: 9 de
Setembro de 2017).
188. «A
literacia braille e as demais literacias digitais e inclusivas estão para os
dedos e ouvidos e para o desenvolvimento da motricidade fina, audibilidade,
intelectual e sociocognitivo, do ensino e da educação, da construção
identitária e inclusão da pessoa cega, como a literacia em caracteres comuns
está para os olhos e desenvolvimento intelectual da pessoa normovisual.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 13 de
Setembro de 2017).
189. «Os
corações humanos são os batimentos vitais das imensuráveis aguarelas e cores
sublimes da vida.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 13 de
Setembro de 2017).
190. «A cultura
emerge na circunstancialidade de afetos e berçária em que começamos a abrir os
olhos, a organizar o caos à nossa volta e a identificar-nos em consciência com
o meio em que nos formamos. Assume as mais diversas formas de manifestação e de
intervenção segundo o contexto do mundo da vida em que crescermos ou a que nos
associarmos. A cultura está ou integra-se na necessidade inata do ser humano (o
relacionar-se e o interagir), nessa medida assimilando-se por socialização,
inclusive em convívios interculturais, cultivando-se, guardando-se ou tendo-se
cá dentro em partilha. Não se inventa propriamente… O que se inventa e treina é
a capacidade e a competência para a exercer em cidadania, solidariedade e
partilha, com bom humor e dignidade no desenvolvimento humano e da humanização
da vida para todos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Universidade de
Extremadura, Badajoz: 15 de Setembro de 2017).
191. «Nem
sempre nos encontramos em sintonia emocional e interlocutiva ou nas diferentes
formas comunicativas e cognitivas que nos permitam estar no desejável mundo
compassivo e da consensualização.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 16 de
Setembro de 2017).
192. «À
medida que formos registando e somando, organizando e sistematizando, encarando
e ponderando os pontos fracos, médios e fortes por que vamos passando ao longo
da vida, conquistamos arsenais sociocognitivos de defesa e de ataque, e
ganhamos sensibilidade e poder, audácia e competência interventiva, ciência e
arte no sugerir e no determinar.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 23 de
Setembro de 2017).
193.
«Pensar e interagir em favor do bem, na complexa morfologia humana e da
humanização, é uma viagem acidentada e condicionada pela variedade de
descobertas e amplitudes imprevisíveis, mas sem fim, e que todos sempre temos
de fazer, até ao limite das nossas forças, à procura do melhor para todos...
mergulhando em vales, galgando planícies e cordilheiras, escarpando montanhas,
voando nas intempéries naturais, oceânicas e estelares... e nos universos
galáxicos da vida, na conscientização da insondabilidade dos desígnios de quem
tudo domina e a quem todos pertencemos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 23 de
Setembro de 2017).
194.
«Gosto de comer e beber, e de tudo aquilo que, em termos de infinitivo verbal,
nos dá e nos faz proporcionar prazer.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 20 de
Outubro de 2017).
195.
«Somos o choro, o mais ou menos... e o sorriso dos tempos. Somos as
circunstâncias em que nos encontramos e que às vezes propriamente também
somos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 21 de
Outubro de 2017).
196. «Não
guardo de forma escrita tudo o que de maravilhoso penso e sinto. Mas guardo no
coração e na razão tudo o que de maravilhoso e bom é para os outros e para mim
próprio, e que nessa medida realizo.»
Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 21 de
Outubro de 2017).
197. «No design
único da suave policromia dos lumes da magia com que a morfologia e os aromas
alentejanos nos aquecem, e que nos fascinam na sua singular beleza, é que em
nós emergem e recrudescem mais sementeiras e searas de certeza e de atuação
interventiva.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 22 de
Outubro de 2017).
198.
«Abomino e repudio os comentários lacónicos com que a indiferença ou a
infundamentação às vezes me agridem. Igualmente rejeito e sacudo as
oportunísticas sondagens ou os fictícios convites que por vezes também me
dirigem.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 24 de
Outubro de 2017, madrugada).
199. «O
livro, para além de ser o nobre lugar dos signos que elucidam o sentido do
mundo, também nessa medida implicita em si mesmo um frutífero desempenho
biblioterapêutico.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 24 de
Outubro de 2017).
200. «Os
variados contextos estimulam-me e refinam-me a reflexão sobre as questões
aprofundadas neles intrínsecas ou deles emergentes.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 26 de
Outubro de 2017).
201. «Sete
vectores interativo-relacionais humanos, absolutamente intrinsecados entre si,
unem um casal para a vida em mútua generosidade, transparência e gratidão, numa
propagação intergeracional de pertença, através do consciente e amplo
entendimento, conforto e revitalização na naturalidade dos compromissos em
amor, cidadania e equidade:
· A
sensibilidade-sexualidade;
· O
físico-espiritualidade;
· O
sociocognitivo;
· O
afetivo-emocional;
· O
ético-comunicacional;
· O pedagógico;
· O
cultural.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 28 de
Outubro de 2017).
202. «De
um vociferar com inteligência emocional, associado a algum humor sarcástico e
sorridente, podem resultar soluções e consensos igualmente inteligentes e dignificantes.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 29 de
Outubro de 2017).
203. «A
humanização da vida faz-se com gente de todo o mundo, em cidadania, dignidade e
no prazer solidário de existir, nas cálidas surpresas e férteis oportunidades
que forem sendo multiplicadas e agarradas.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Hotel de Alte: 31
de Outubro de 2017).
204. «Na presença do mar, os
enigmas sucedem-se e a novidade é permanente.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, paredão da Costa da Caparica/Almada: 7 de Novembro de 2017).
205. «O homem, consoante a sua
origem identitária e de cidadania, é potencialmente santificável ou
diabolizável. O seu pensamento e ação variam, vulnerabilizam-se ou ajustam-se
de forma contextual às circunstâncias em que nasce e cresce e que é.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 7 de Novembro de 2017).
206. «Estamos em paz, se a justiça,
a respeitabilidade, a tranquilidade e a dignidade estiverem em nós e operantes
connosco e com os outros.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 7 de Novembro de 2017).
207. «Somos acinzentados ou mesmo
ofuscados por momentâneos interesses de outrem que inexplicavelmente se nos
sobrepõem, aturdindo-nos... Mas a nossa força estrutural intrínseca não cede. E
continuamos a vencer.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Lisboa: 14 de Novembro de 2017).
208. «A
viva coevolução e mundialização dos efeitos da palavra alicerça-se numa
sustentável estratégia infocomunicacional, pedagógica e cultural, que seja
expressiva, representativa ou ciberespacial em verdade e liberdade nos limites
que a democracia procura definir e ser. É nesta acepção que o jornalismo e a
democracia deverão ser dois conceitos para o mesmo contexto de atuação. A
atividade jornalística implica verdade e liberdade para o seu responsável e
ético exercício e a democracia é a dimensão séria dessa tipologia interventiva.
A pedagógica infocomunicação é o premente imperativo ético que, sob o ponto de
vista sociocognitivo, temos de agarrar e desfrutar no mundo de hoje para o
melhorarmos sólida e progressivamente. Investigar e estudar para informar é
responsabilidade corresponsabilizante altamente cívica e isenta de
parcialidade, atributo que, por excelência, também cabe ao jornalista. Ser
jornalista é ser profissional e missionário, com paixão e devoção, em plena
cidadania na mais alargada e aprofundada recolha da informação e na sua
democrática construção significante para a correta noticialidade junto das
populações.»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 16 de
Novembro de 2017).
209. «Nada
de retrogradar nos conceitos implícitos na força temporal da ação sociopolítica
e pidesca do Estado Novo... nem na de outros iguais ou mais requintados
autoritarismos opressivos no mundo. É só mudar-lhes a agulha subtil e o eco da
ignominiosa conveniência, redimensionando-os no caminho da verdade e da
liberdade. O imposto pensamento, fictício e polinomial, "Deus + Pátria
+ Família + Autoridade + Hierarquia + Moralidade + Paz Social",
enclausurava e vigiava um sentimento que tem outra direção e outros braços,
calorosos e abertos a todos, sem distinção e sem "lápis azul", sem
rótulos nem marginalizações... mas com um grande V de Vitória a acordar
consciências e a escancarar-lhes as portas sepulcrais das masmorras em que
jaziam!»
(Augusto Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 16 de
Novembro de 2017).
210. «A
humanização do mundo da vida passa por infindas etapas e em permanente
atualização, com os incentivantes e calorosos desafios que nos fazem permanecer
sempre em alerta e promotores da vida em dignidade para todos.»
(Augusto Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 16 de
Novembro de 2017).
211. «Não
podemos inteligir imediata e simplesmente as diferentes realidades à luz do
empírico observável e visível, mas à luz dos desígnios da complexidade e
insondabilidade divina que nos ilumina e protege, que nos encaminha e acolhe.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 28 de Novembro 2017).
212. «Sou
às vezes confuso, mesmo quase assistematicamente prolixo, porque me invadem
tumultos de informação, entanguecendo-me na sua incompreensão ou
condicionando-me em cada instante na gestão da sua interpretação, organização e
definição...»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 29 de Novembro de 2017).
213.
«Entreolhamo-nos, intuímo-nos ou inteligimo-nos na pele e nos corações, num
ainda que furtivo olhar, numa ou noutra manifestação simbólica de cortesia, num
simples beijo ou aperto de mão, na oralidade ou na paraverbalidade... Nas
palavras... Nos gestos... Assim nos entreolhamos e conhecemo-nos bem,
conhecemo-nos mal ou nunca nos conhecemos.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 30 de Novembro de 2017).
214. «O
NATAL é o imorredouro arauto da vital memória dos tempos que, num advento
desejavelmente permanente, nos conduz ao verdadeiro Caminho da esperança, da
paz e da justiça, ao perdão, à reconciliação, solidariedade, partilha, ao amor,
reconforto, ao Santíssimo e Eterno Paraíso que acolhe as pessoas de boa vontade
em cada momento, todos os dias!»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 30 de Novembro de 2017).
215. «A
amizade e a camaradagem francas constituem, entre si, um monólogo instigador de
serenidade e compreensão, que pode gerar sinergias promocionais de diálogos
acesos de instrução e de consensos.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Restaurante Fidalgo/Lisboa: 6 de Dezembro de 2017).
216.
«Livrar das pessoas que, mesmo tendo nascido e crescido nos bons princípios, de
repente os ignoram e atuam por se acharem donos do mundo.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 7 de Dezembro de 2017).
217.
«Preciso da possível exatidão da consciência das minhas capacidades e
competências para justificar o real sentimento do que sou e do que posso fazer
em proveito dos outros, e de, também se possível nessa medida, representar para
eles essa constatação.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 7 de Dezembro de 2017).
218. «As
pessoas mais felizes são aquelas cujos corações sentem de bem coletivo e de bom
para o mundo, e que, nessa medida, as suas razões ditam e corporificam.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Atalia/Prença-a-Nova: 9 de Dezembro de 2017).
219. «O
que não interessa, e se faz prevalecer por qualquer conveniência própria, só
prejudica, prevarica e desune as Pessoas.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Sobreira Formosa/Proença-a-Nova: 9 de Dezembro de 2017).
220. «Quando
os grandes valores humanos e a competência cognitiva estão ausentes, em crise,
ou não abundam, e o oportunismo espreita, ou egoisticamente se sobrepõe sem ter
em conta meios e fins, só temos de conceber e implementar ajustados alertas e
complexidades instrutivas que façam acordar esses grandes valores e essa
competência e que, no mais perfeito estado de consciência, os ponham a ocupar
os seus lugares e a desempenhar, com a dignidade que lhes cabe, a desejável
função ética e vital para a plena cidadania na humanização da vida.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, ULHT/Lisboa: 11 de Dezembro de 2017).
221.
«Todos temos no coração e na razão, para os outros e para nós mesmos, a lógica
de uma Aldeia da "VIDA" (sendo o acrónimo VIDA "Vida Inclusiva e
Dignidade Ativa"), um sonho realizável onde a diversidade e a equidade em
cidadania possam estar sempre presentes, ativas e triunfantes. A minha Aldeia
da "VIDA", a tua Aldeia da "VIDA", a nossa Aldeia da
"VIDA", o nosso Planeta... é a casa de todos nós e que deverá encerrar
a indómita e sublime inclusão de todos a perfumar e a fertilizar as nossas
consciências e ações, falando as consciências e as ações uma só língua e
promovendo a universalização do bem e do bom para todos.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 12 de Dezembro de 2017).
222. «O
efetivo talismã de cada um de nós está no que cada um de nós é e no que, com
esse amuleto promocional da vida humana, conseguirmos incendiar de bem e de bom
à nossa volta.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, viagem Lisboa-Atalaia: 23 de Dezembro de 2017).
223.
«Somos o Natal de cada um e de todos desde que, calorosamente, nos quisermos
uns aos outros e nos amarmos sem medida numa justa festa para todos, numa
perspetiva de equidade na diversidade, na justiça social, na paz, na esperança,
na alegria, na generosidade... procurando ser uma luz permanente a ajudar a
iluminar os caminhos dos outros, para que os nossos também possam ter sol.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, viagem Lisboa-Algarve: 25 de Dezembro de 2017).
224. «As
dificuldades são fontes de solução e de inovação. Basta que as enfrentemos
positivamente e não nos deixemos vencer por elas.»
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 30 de Dezembro de 2017).
225. “Para
além das circunstâncias que somos ou daquelas que nos fazem ser, somos o que
lemos, o que conhecemos, o que sabemos e o que pensamos.”
(Augusto
Deodato Guerreiro, Feijó/Almada: 30 de Dezembro de 2017)